A ExpoLondrina 2019 iniciou na última sexta-feira (5) regada de shows, música, parques, brincadeiras, animais e oficinas. Porém, a exposição não é a mesma sem a ampla gastronomia. Junto com as diversas atividades, essa edição da Exposição Agropecuária de Londrina contempla a Feira de Sabores, que todos os anos expõe os produtos dos pequenos agricultores.
O espaço é amplo, e é um meio de renda para os que cultivam e produzem queijos, embutidos, flores, artigos de cozinha inovadores e muita comida boa! Na pequena grande feira, é possível encontrar muitas identidades de produtores de artigos múltiplos que buscam vender o seu produto artesanal e veem na exposição uma forma de conseguir expandir seus negócios.
Diversos sabores de licores são expostos na barraquinha dos Licores Princesa, que participam pela primeira vez da ExpoLondrina. Os curitibanos Roberto Santos Sobrinho e Cleuseni Maria de Lima Araújo oferecem uma produção artesanal dos licores de frutas até os cremosos.
Lívia Trevisan já é famosa na exposição. Pelo quarto ano participando da feira, a produtora traz produtos da Estância Baobá, fabricados na região metropolitana de Londrina. Os produtos são queijos, doces, geleias e licores, mas a produtora explica que toda a produção é agroecológica, ou seja, eles participam de toda a produção, desde o plantio até o processamento final.
Errata: Ao contrário do que foi divulgado anteriormente pela reportagem, o stroopwafel não é de origem alemã. Segue a nota da assessoria de imprensa com a correção: "O stroopwafel é um biscoito de origem holandesa, em uma tradução livre significa "waffle com calda". Trata-se de um biscoito formado por duas finas partes de massa, unidas por uma espessa calda, em formato de disco. Ao contrário do que foi divulgado pela reportagem, a origem do doce foi em 1784 na cidade de Gouda, na Holanda". Já é a terceira vez que a De Bakker Stroopwafels, vêm à Londrina para participar da Expo Sabores. Neste ano, eles chegam com um lançamento da marca: o stroopwafel de café, um sabor inusitado criado pela produção artesanal da equipe.
'Halu ladhidh' significa doce gostoso, em árabe, idioma do marroquino Mahmoud Elhawary, que mora no Rio de Janeiro. Já é o quinto ano em que a 'Caravana do Marrocos' estaciona na Exposição de Londrina. Mahmoud explica que esse ano tem dois novos sabores: "nata com café e banacaxi (banana com abacaxi) estão sendo bem vendidos, mas no geral, esse ano tem uma queda de cerca de 20% dos compradores", diz o marroquino.
Com recorde de tempo, a Flor da Mata está há vinte anos expondo seus méis e favos na ExpoLondrina, produzidos em Rolândia.
Fugindo das geleias, mas não do doce, o brigadeiro continua fazendo sucesso por onde passa. É o que afirma Marli Rodrigues que, com a ajuda de sua filha Sara Campana, faz doces artesanais que vão desde morango com chocolate até brigadeiro de nozes para a Cacau Frut, a qual expõe há três anos na feira.
Para dar uma apimentada no clima doce, a Power Pepper participa pela segunda vez da exposição em que vende kits de pimenta, geleias salgadas e o lançamento deste ano: o sorvete de pimenta, todos produzidos em Cambé. Hugo Rodrigo Ortega estava no estande vendendo os produtos do amigo, mas confessa que estava também fazendo uma pesquisa de mercado para que possa futuramente vender seus doces. "Como o aluguel é caro, tenho que estudar antes e ver se realmente vale a pena", afirma.
Da roça, mas nem tanto. Carla Liege Oliveira Peitl está pela segunda vez expondo o sítio Boa Esperança, que vende sucos diversos e geleias. Mas a produtora fez uma escolha que intriga muitos curiosos. "Ao contrário da maioria que sai do sítio e vai para a cidade, eu fiz o contrário. Depois de muito estudar e até finalizar o mestrado, eu e meu marido decidimos ir para a roça, literalmente. Há dez anos vimos que têm coisas que não valem a pena, queria que meu marido não ficasse o dia todo no trabalho e nem eu. Agora, podemos viver do que cultivamos", destaca Oliveira.
*Sob supervisão de Larissa Ayumi Sato.