A Esquadrilha da Fumaça volta a se apresentar em Londrina durante a 59ª Exposição Agropecuária e Industrial. A apresentação será no dia 13 de abril, às 16h.
A última vez que a Esquadrilha se apresentou no município foi na ExpoLondrina de 2012. Depois, os shows foram suspensos para a troca de aeronaves e treinamento de pilotos, que deixaram de voar com o Tucano T-27, substituídos pelo Super Tucano A-29. O processo de implantação das aeronaves A-29 tiveram início em 2013. Em 2015, a instituição concluiu o processo de implantação dessa aeronave na Fumaça e retomou sua agenda de demonstrações aéreas.
Segundo o tenente relações públicas da Esquadrilha, Marcus Lemos, as aeronaves A-29 foram concebidas para ser de caça e são utilizadas também por outros esquadrões da Força Aérea, especialmente, para vigilância de fronteiras.
Leia mais:
Esquadrilha da Fumaça retorna aos céus de Londrina
Confira preços de comidas na ExpoLondrina 2019
Esquadrilha da Fumaça volta a se apresentar na ExpoLondrina
Gusttavo Lima encerra a temporada de shows da ExpoLondrina 2019
O tenente explica que, entre os diferenciais do A-29, estão maior velocidade – chegam a 593 km/h e, durante as demonstrações, a 560 km/h; é mais pesado em comparação com o T-27 e também mais longo; sem contar que o T-27 é um projeto da década de 70. Já o A-29 é dos anos 2000 e totalmente tecnológico. É uma fabricação nacional, da Embraer, e já foi exportado para mais de 10 países.
Os novos aviões usados pela Esquadrilha da Fumaça continuam com as cores da Bandeira do Brasil, mas as tonalidades estão mais fortes. Outra inovação é o desenho da bandeira nacional na cauda do avião, feito de forma a passar uma impressão de que tremula com o vento.
Carinhosamente chamado de "Fumaça", o EDA (Esquadrão de Demonstração Aérea) foi criado em 1952 e é responsável pela divulgação da Aeronáutica por todo o Brasil e também no exterior. Sua missão principal é expandir a notoriedade da FAB.
Manobras
Muitas emoções aguardam o público na apresentação da ExpoLodrina. Atração sempre esperada e muito prestigiada pelo público, a Esquadrilha se apresenta com sete aeronaves e fará cerca de 50 acrobacias, se o tempo estiver favorável, com boa visibilidade.
Entre as manobras que serão apresentadas em Londrina estão:
Lancevak – realizada pela aeronave de número 7, dando a impressão de que o avião está em queda;
Break – aeronaves seguem alinhadas e abrem em leque;
Desfolhado – executada com seis aviões que fazem meio looping e abrem cada um para um lado. É uma manobra que depende das condições do tempo, necessitando de boa visibilidade;
Coração – aeronave deixa no ar um rastro de fumaça em forma de coração, enquanto o público recebe um áudio do próprio líder, prestando uma homenagem à cidade;
Looping em linha de frente - realizada por quatro aviões. Trata-se de uma manobra extremamente técnica, em que os aviões voam lado a lado, com uma distância de apenas dois metros entre uma asa e outra. Realizam looping em linha de frente e ao final mudam a formação e saem em forma de seta;
Barrilzão – executada por três aviões, sendo um em voo normal, outro sobre ele, de cabeça para baixo e um terceiro voando ao redor deles, como um looping na horizontal.
Formação rígida
Para fazer parte do Esquadrão de Demonstração Aérea, é necessário ter experiência em voo. A Força Aérea Brasileira exige dos interessados 1.500 horas de voo, sendo que 800 horas devem ser de instrução.
Após a comprovação da experiência, o pedido para integrar a esquadrilha é encaminhado a um conselho que aceita ou não o novo membro. A partir daí, eles passam por treinamento teórico e realizam 80 missões (voos) de treinamento, antes de começar as apresentações pelo país.