A mesa de casa ganha opções saborosas com a Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina. São os produtos apresentados pelas empresas familiares que participam da Feira de Sabores, no pavilhão Alípio Ferreira. São diversos tipos de doces, conservas, embutidos, vinhos, entre outros produtos. A tradição passada de pai para filho é compartilhada com o público que tem a oportunidade de degustar produtos artesanais e coloniais feitos em pequenos sítios e nas residências de famílias paranaenses.
Segredo culinário de três gerações, a Casa da Cuca da cidade de Rolândia comercializa a cuca alemã com massa tipicamente germânica com diferentes sabores, entre eles, ricota, abacaxi ao vinho, chocolate, coco e doce de leite. "A minha mãe aprendeu com minha avó e, hoje, eu estou aprendendo a fazer as cucas. O segredo da massa é a mão da cozinheira e o carinho na hora de cozinhar", afirma Vanessa Andreia Wegner.
Tradição da família no município de colonização alemã, a cozinheira lembra das sobremesas preparadas pela avó após os almoços da família. "Não tinha bolo ou chocolate, as crianças gostavam mesmo da cuca de frutas", recorda.
O produtor Ricardo Novosad, de Prudentópolis (Sudeste), expõe conservas, algumas com característica exótica, como o pote de raiz forte de crim com beterraba, tradição na culinária ucraniana. Ele ensina que a conserva pode acompanhar carne de porco, pois ajuda na digestão. "Eu aprendi a fazer a conserva de raiz forte com a minha mãe e sempre procuro aprender como se faz outras conservas para apresentar diferentes opções para os clientes", comenta.
Ricardo afirma que parte dos legumes são fornecidos por sítios da região, mas também cuida pessoalmente da produção para suprir a demanda quando cai o fornecimento dos agricultores. De acordo com ele, o produto que está chamando a atenção de quem passa pela feira é o pote de 380 gramas de 'molhinho' de pimenta. "Mais uma carga chega nesta semana, já que todos foram vendidos", avisa.
Já o vinho Moletta participa da Feira de Sabores pela primeira vez neste ano. Produzido na zona rural de Guamiranga (Sudeste) com uvas bordôs, a garrafa de vinho tinto suave ou seco é vendida por R$ 10. Segundo o produtor Claudinei Moleta, as uvas são colhidas no sítio da família e outra parte adquirida com outros produtores. "Estamos no processo para exportar o vinho para a Itália, país de origem da família Moleta", revela.
Para acompanhar o vinho, o visitante ainda encontra cracóvia e linguiça colonial da empresa familiar Machulek, também de Prudentópolis. Mais de 90% dos produtos são suínos, entre eles, defumados de filé-mignon e picanha. "Dos últimos três anos, esta edição está sendo a melhor nas vendas dos produtos", comemora José Helio Machulek.
Doces cristalizados e compotas de frutas
Os doces Mamborê também chamam atenção dos visitantes com produtos cristalizados e compotas de frutas. A produção é realizada por Elizeu Queiroz e pela esposa em um sítio no município de Mamborê (Centro-ocidental). "Os filhos são degustadores e a família inteira participa do negócio", brinca o produtor artesanal.
De acordo com ele, 99% das frutas utilizadas nos doces são provenientes do sítio da família com a produção realizada em fogão a lenha, o que diminui em até 70% o uso de açúcar nas compotas. "Utilizamos apenas a fruta e água e o açúcar é colocado apenas para conservação sem alterar o sabor do produto", explica.
Ele comemora as vendas na Feira de Sabores na ExpoLondrina, principalmente durante o último fim de semana. "Só no sábado e no domingo conseguimos vender mais do que no último ano", diz o produtor que participa do evento desde 2010.
Queiroz ainda possui doces de abóbora, compotas de carambola, melancia, figo e outros produtos, mas aguarda a chegada de doces de casquinha de limão rosa até quinta-feira para atender o público no Parque Ney Braga nos últimos dias da 55ª ExpoLondrina