Nativo das regiões áridas e quentes do Brasil, o coco pode ser a nova opção para o agricultor do Paraná. As premissas do clima e solo desfavoráveis do Estado não são considerados impedimentos para apostar no fruto. Apesar de não ter potencial economicamente rentável, a cultura é alternativa sustentável na agricultura familiar.
"O coco é nativo do Nordeste. Por isso, nós não vemos grande rentabilidade na produção do coco anão, mas é uma sugestão para variar na alimentação do produtor e de sua família", explica Pedro Aureliano, técnico agropecuário do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
A adesão à produção já pode ser observada no Oeste do Estado. Na região de Assis Chateaubriand, por exemplo, os proprietários rurais deixaram a resistência de lado e investiram na diversidade. "Nesta região, o agricultor ainda produz pouco, mas já é possível ver pequenas plantações do fruto", destaca.
Para os produtores que têm o milho, trigo ou soja como cultura principal, o coco anão deve ser encarado como um complemento à mesa. "Queremos mostrar a opção para o consumo familiar. Com o baixo investimento, o coco anão é uma fonte de alimentação", justifica. Investindo apenas R$ 5 por muda, o agricultor tem gastos apenas com a fertilização do solo e utiliza uma pequena área de terra, sem comprometer a renda familiar.
Vantagem
Outra vantagem no cultivo é o tamanho da planta. Ao contrário do híbrido e gigante, a colheita do coco anão é feita manualmente, dispensando o uso de ferramentas. "Além disso, o produtor gasta menos tempo e energia, o que é um dos fatores facilitadores", completa.
Aqueles que se interessam pela produção do fruto podem obter assistência com os especialistas do Emater na Via Rural, mais conhecida como "Fazendinha". O espaço fica na 54ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina até o dia 13 de abril.