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Projeto social

Artista paulista expõe bordados exclusivos feitos em máquina reta

Samara Rosenberger - Redação Bonde
09 abr 2014 às 19:36

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- Lis Sayuri/Equipe Folha
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Um trabalho criativo e exclusivo, cujo foco é fazer o resgate da arte e, de quebra, promover a inclusão social. Esta pode ser a definição do trabalho da artista plástica Elisa Lobo, cujos produtos foram expostos na segunda edição da ExpoCultura, mostra localizada no segundo piso da Casa do Criador, próximo à Fazendinha.

Elisa usou a experiência de 35 anos no mercado da moda para desempenhar uma série de estudos e criar uma técnica de bordado com linha de costura em máquina reta. A paulista partiu rumo à Carmo da Cachoeira, uma pequena cidade no interior de Minas Gerais, para implantar o projeto social e ajudar mais de 150 mulheres colhedoras de café. "É um trabalho que traz inclusão, sensibilidade e que mexe com o universo feminino, além de resgatar a autoestima da mulher", diz Louise Lobo, filha da artista.

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Quando chegou no local, Elisa ensinou a técnica de bordado e começou a produzir painéis de parede e almofadas, todas inspiradas na história da arte. "Fazemos releitura de vários artistas, como Vincent van Gogh e Tarsila do Amaral. Percorremos toda a trajetória da arte, dos clássicos até os contemporâneos", explica.

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Lis Sayuri/Equipe Folha
Lis Sayuri/Equipe Folha


O processo de criação começa nas mãos da artista plástica. Ela faz o desenho, e em seguida, repassa o molde para as artesãs. "Todas as camadas são organizadas e a costureira começa a bordar pelo meio do tecido. Usamos fios nobres em todas criações", diz. Os produtos exigem tempo, capricho e esforço. Louise conta que são necessários 30 dias para concluir uma almofada. "Os painéis demoram cerca de 3 meses, no mínimo", completa.

As obras são etiquetadas e assinadas, com informações sobre a autora e as obras originais. O preço das almofadas varia entre R$ 250 e R$ 1.500, enquanto os painéis podem ser adquiridos a partir de R$ 5 mil. "Toda a renda é revertida para o projeto de Minas", garante. "Porém, acredito que benefício maior desse projeto não é a renda, mas é estar em contato com a arte, ganhar autoestima e independência".


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