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O Cesumar – Centro Universitário de Maringá - está apoiando o movimento das sociedades rurais do Paraná, contrárias ao projeto aprovado pela Assembleia Legislativa que dá à ExpoLondrina o status de "Feria Agropecuária Oficial do Estado do Paraná". A instituição entende que a proposta é prejudicial a outras regiões inclusive mais fortes no agronegócio e resolveu, em função disso, cancelar a sua participação como expositora na feira, que começa amanhã, dia 5.
Para o vice-reitor Wilson de Matos Filho, o projeto é injusto porque desmerece o peso de outras regiões na economia do Estado. "Nós, por exemplo, estamos numa região que concentra a maior força do agronegócio do Paraná, com as duas maiores cooperativas e a maior produção de álcool e açúcar do Estado. Uma potência incomparável à de Londrina. Se fosse para escolher uma feira oficial esta deveria ser em Maringá, portanto."
"Mas nós entendemos que não há necessidade de uma feira oficial, visto que o setor do agronegócio é importante para todo o Paraná. É claro que se houver uma feira oficial esta vai receber maior apoio em detrimento de outras", comenta Wilson Filho. Ele lembra que tradicionalmente existe uma unidade entre as sociedades rurais do Estado, que sempre entenderam as feiras agropecuárias como importantes para cada região.
"Enquanto instituição de ensino que se preocupa com o desenvolvimento coletivo, nos posicionamos contrários ao projeto aprovado pelos deputados estaduais e já em vias de receber a sanção do governador", concluiu Wilson Filho, ao afirmar que o desenvolvimento do Estado só será equilibrado se houver igualdade de tratamento para todas as regiões.
O coordenador do curso de Agronomia e Agronegócio do Cesumar, Edson Schimidit, também se posicionou a respeito. Para ele, a ExpoLondrina não pode ser considerada a mais importante feria agropecuária do Estado. "Temos outras de igual ou maior importância, caso de Cascavel e Maringá, com potencial bem maior que Londrina. Dar o foco a uma região é agir em detrimento de outras, que podem perder a projeção do agronegócio lá fora", analisou.