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BERÇO DA MODALIDADE

Tradição da GR em Londrina é reforçada com medalhas inéditas do Brasil

Matheus Camargo - Redação Folha
28 ago 2025 às 09:38

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Foto: Ana Lugli/ADR Unopar
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A conquista inédita da seleção brasileira de ginástica rítmica no Mundial deste ano, no Rio de Janeiro, com duas medalhas de prata, no conjunto geral e na série mista,  ecoou também em Londrina, um berço histórico da modalidade no Brasil. O feito foi recebido com orgulho e sensação de pertencimento, segundo disse à FOLHA a coordenadora do projeto Associação Desportiva e Recreativa (ADR) Unopar, Luciane Bernardi. A cidade já abrigou a seleção nacional e, mesmo após a saída da equipe, que está desde 2011 em Aracaju, capital de Sergipe, continua cedendo atletas.


À frente do projeto na cidade, Luciane Bernardi destaca que a ligação entre Londrina e a seleção nunca foi rompida, chegando agora à medalha, que tem um toque da cidade com a atleta Nicole Pircio. “Mesmo fora daqui desde 2004, sempre enviamos ginastas para a equipe nacional. Tivemos a Débora Falda (atual técnica do projeto em Londrina) e hoje temos a Nicole Pircio e a Julia Kurunczi, que infelizmente foi cortada por lesão pouco antes do Mundial”, conta.

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Imagem ilustrativa da imagem Medalhas inéditas do Brasil reforçam tradição da GR em Londrina
| Foto: Ana Lugli / ADR Unopar

A tradição londrinense na modalidade é longa e consolidada, e uma das provas disso é a própria trajetória de Luciane Bernardi no esporte. Ela foi aluna de Bárbara Laffranchi, ex-treinadora da equipe, e está no projeto desde o ano 2000, hoje ocupando o cargo de coordenadora. Além da atuação em Londrina, ela também coordena o projeto de ginástica rítmica da Caixa Econômica Federal, junto à Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), que alcança 12 estados, com foco no trabalho de formação de jovens atletas.


"As meninas se sentem parte desse processo. E são mesmo, porque entregamos ginastas para a seleção e nunca deixamos de fazer isso", disse Luciane Bernardi, coordenadora do projeto
                                                                            Foto: Arquivo Pessoal

Formação de atletas

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No projeto da ADR Unopar, há um trabalho de iniciação desde os primeiros anos até a decisão de encaminhar as atletas para o alto rendimento. “Começamos com meninas de três anos, na categoria baby. A mais velha hoje é a Julia (Kurunczi), com quase 20 anos. São mais de dez anos de trabalho para formar uma ginasta de alto rendimento. Temos duas que estão saindo do infantil para o juvenil, e sabemos do potencial. Agora mais seis pequenas, que foram para o Campeonato Paranaense, em Pinhais, que se mantiverem o ritmo certamente chegarão ao alto nível.”

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Com o Mundial no Brasil, a seleção brasileira foi pauta no dia a dia dos treinos da equipe. Luciane destacou o envolvimento das atletas de todas as categorias com a competição e a sensação com as medalhas conquistadas. “Elas acompanharam tudo, do início ao fim. Chegam comentando: ‘Professora, você viu aquilo? O que tal ginasta fez?’ Elas se sentem parte desse processo. E são mesmo, porque entregamos ginastas para a seleção e nunca deixamos de fazer isso.”


Estruturação para alto rendimento

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Em âmbito nacional, segundo ela, o salto de qualidade do país nos últimos anos está diretamente ligado à estruturação visando o alto rendimento. Os pedidos de melhorias foram feitos pela técnica da seleção brasileira,  Camila Ferezin, também formada na ADR Unopar. “Em Londrina, era só a Camila (Ferezin, atual técnica da seleção), e ela sempre foi muito ligada à ciência. Agora, em Sergipe, ela tem um staff completo, com psicóloga, fisioterapeuta e vários outros profissionais. Um projeto desse porte só se sustenta com muitas mãos. Foi uma melhora decisiva na estrutura.”


O resultado coroa um processo de amadurecimento do Brasil na modalidade. No Mundial de 2021, no Japão, o conjunto geral ficou em nono, enquanto nas cinco bolas ficou com a sétima colocação. Já na edição de 2023, disputada na Espanha, o geral do Brasil terminou em sexto lugar. Nos cinco arcos, ficou em quarto, a uma posição do pódio.

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.                                                             Foto: Mauro Pimentel/AFP

'Perseguindo essa  medalha'

A equipe nacional se aproximou das conquistas nos Mundiais e chegou em alta para as Olimpíadas de Paris, em 2024. Na ocasião, a seleção iniciou a classificatória entre as primeiras colocadas, mas a lesão na panturrilha da ginasta Victória Borges durante o aquecimento impediu a execução da rotação final, deixando o Brasil em nono lugar, fora da disputa por medalhas.

“Desde 2019 estávamos perseguindo essa medalha. Nas Olimpíadas (de 2024) tivemos a lesão de uma atleta, e mesmo assim ficamos em nono. A chance de medalha estava madura, e agora ela veio”, comemorou Luciane.

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o projeto da ADR Unopar reúne 250 crianças na iniciação e cerca de 20 atletas na equipe adulta, que disputam competições nacionais
                                                                    Foto: Ana Lugli / ADR Unopar

Busca por apoio


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Atualmente, o projeto da ADR Unopar reúne 250 crianças na iniciação e cerca de 20 atletas na equipe adulta, que disputam competições nacionais. Mas, para manter o trabalho, Luciane ressalta a necessidade de parceiros. “Temos projetos aprovados, mas precisamos de empresas interessadas em apoiar. A base é grande e a estrutura exige manutenção constante. Sem esse apoio, o caminho até o alto rendimento fica mais difícil.”


Como exemplo, a ADR Unopar teve aprovado o projeto “Equipe de Ginástica Rítmica – ADR Unopar” na Lei de Incentivo ao Esporte em 2024, em R$1,09 milhão, mas até agora não conseguiu a captação do valor. A proposta permite que a equipe busque patrocínios e apoios de empresas e pessoas físicas com dedução nos impostos.


Apesar dos desafios, o sentimento é de continuidade e esperança. “Desde 2016 temos ginastas nas Olimpíadas: Gabrielle Moraes, em 2016, Nicole Pircio, em 2020, e agora, em Paris 2024, ela e a Julia. A história de Londrina com a seleção é permanente. Nunca deixaremos de contribuir.”


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