Vários jogadores passaram a ganhar espaço no Londrina desde a chegada do técnico Roger Silva, que soma duas vitórias em dois jogos. Mas ninguém mudou tanto de status quanto Robson Duarte.
Aos 32 anos, o experiente atacante, natural de Londrina, chegou ao clube no início do Campeonato Paranaense e pouco atuou sob o comando de Claudinei Oliveira. Com poucos minutos em campo, chegou a ser considerado negociável.
Receba nossas notícias NO CELULAR
WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp.Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.
“Ouvi dizer que ele poderia ter saído do clube. Ia ser uma perda irreparável, porque é um cara que tem refino, tem o toque, sabe jogar nos espaços que a gente precisa. Estou muito satisfeito com ele”, afirmou Roger Silva. Sob seu comando, Robson não só voltou a jogar como ganhou nova função, atuando como meia e vestiu a camisa 10 na goleada por 4 a 0 sobre o Retrô, no último sábado (28).
Após a partida, Robson falou sobre o momento. “Impusemos o jogo, independentemente de ser dentro ou fora. É um Londrina que vai para cima. O Roger passa isso para nós, e treinamos assim, sabendo que temos que atacar os espaços. Seremos estudados, é normal, mas vamos trabalhar a semana toda para enfrentar o Guarani”, disse na zona mista.
Emocionado, completou: “Todos sabem o que eu passei, mas Deus honra quem confia. Minha esposa, meus pais e minha sogra sempre estão comigo”.
Sem chances com Claudinei
Em apenas dois jogos com Roger, Robson já somou mais minutos em campo do que nos seis meses com Claudinei. Atuou durante todo o segundo tempo na vitória por 2 a 1 sobre o Figueirense e jogou os 90 minutos contra o Retrô, totalizando 135 minutos, sem contar os acréscimos.
Com o antigo treinador, participou de sete partidas, sendo seis pelo Paranaense e apenas uma pela Série C, sempre entrando no segundo tempo. No total, somou apenas 80 minutos, com aparições relâmpago, como contra o São Joseense, no Estadual, e diante do Caxias, na competição nacional, quando atuou um e dois minutos, respectivamente. Segundo apurou a FOLHA, Claudinei não via intensidade em Robson Duarte, por isso deixou de utilizá-lo.
“Nós não entendíamos como um atleta com esse nível de jogo estava fora da rotação. Cada técnico tem sua visão, mas quando vimos a qualidade dele, tudo o que jogou na Coreia, tudo o que podia entregar, quis logo dar uma oportunidade. Tanto que ele entrou no intervalo contra o Figueirense, por tudo o que mostrou nos treinos daquela semana”, explicou Roger.
“É um cara de quem eu gosto muito. Trabalha duro a semana toda, não negocia esforço. E esse tipo de jogador vai ter espaço comigo e com a minha comissão. O Robson está pedindo passagem e vai continuar na equipe enquanto mantiver esse nível de entrega nos treinos e nos jogos. Estou muito feliz por ele”, completou o treinador.
Bagagem fora de Londrina
Robson Duarte nunca havia atuado por um clube da cidade até ser anunciado pelo LEC, em janeiro. Revelado pelo América de Rio Preto, passou por diversos times paulistas, como São Caetano, Santo André e Ituano, antes de chegar ao Goiás em 2018. Também jogou por Paraná e Sampaio Corrêa.
Depois, embarcou para o futebol asiático e construiu parte da carreira na Coreia do Sul, onde atuou por quatro clubes em seis anos. Lá, jogou principalmente como meia, função que vem se destacando no Londrina. Seus melhores momentos foram no Ansan Greeners, entre 2021 e 2022, com 11 gols e 11 assistências em 62 partidas.
Robson ainda teve uma rápida passagem pela Indonésia e retornou ao Brasil em 2024, quando defendeu o Amazonas na Série B. Foi seu último clube antes de vestir a camisa do Tubarão.
Leia também: