O Londrina oficializou a venda do atacante Pablo para o
Nacional, de Portugal, clube sediado na Ilha da Madeira, que terminou o último
Campeonato Português na 14ª colocação. Com isso, o camisa 9 não atua mais pelo
time alviceleste e segue o mesmo caminho de outros destaques recentes do
Tubarão.
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Entre 2019 e 2023, o LEC negociou ou perdeu ao menos nove
jogadores para o futebol português, segundo levantamento da FOLHA. Em 2019,
foram para o Portimonense o zagueiro Casagrande, o lateral Felipe Vieira, o
volante Rômulo, o meia Luquinha e o atacante Anderson Oliveira. No mesmo ano,
Marcelinho foi para o Marítimo. Em 2020, o atacante Miullen deixou o clube sem
custos para defender o Gil Vicente. No ano seguinte, Safira foi negociado em
definitivo com o Belenenses SAD. Por fim, em 2023, Clinton acertou com o
Vitória de Guimarães após rompimento judicial com o LEC.
Dentre todos os nomes, Safira foi quem teve a trajetória
mais consolidada em clubes da elite portuguesa. Além do Belenenses SAD, passou
por Vitória de Guimarães e Santa Clara, antes de seguir para o Universitatea
Craiova, da Romênia. No início de junho, retornou ao Brasil para disputar a
Série B pelo Cuiabá. O único que permanece no futebol europeu é Casagrande, que
sequer atuou pelo time principal do Londrina, e hoje defende o Lahti, da
Finlândia.
“Se Deus quiser,
volto”
A missão de Pablo agora é construir uma carreira sólida na
Europa e evitar o destino de atletas como Luquinha e Anderson Oliveira, que
despertaram expectativa no LEC, mas não tiveram o desempenho esperado no
exterior.
"Foi muito difícil acertar a saída. Como eu já falei, o
Londrina é minha vida. O Londrina me deu tudo até aqui. Me despeço com vitória,
com gol, graças a Deus, e vou em busca do que eu tenho para mim agora”, afirmou
Pablo às rádios que transmitiram a goleada por 4 a 0 sobre o Retrô. O atacante
marcou o terceiro gol da partida e encerra sua passagem com sete gols na
temporada 2025.
O atacante de 22 anos foi um dos sobreviventes do incêndio
do Ninho do Urubu, em 2019, passou por Palmeiras e Atlético-MG, ainda na base,
atuou ainda pela Portuguesa Londrinense, mas foi no Londrina, em 2022, que se
profissionalizou.
“Estou muito feliz. No começo foi conturbado, com duas
lesões, mas me estabilizei. Fui titular, destaque, vice-artilheiro do ano,
atrás apenas do Iago. Sempre vou agradecer todo mundo do Londrina. Tenho que me
despedir, estou partindo. Londrina é minha casa e, se Deus quiser, eu volto”,
completou.
Dos jogadores que saíram para o futebol português, apenas
dois retornaram ao clube: Marcelinho e Felipe Vieira, ambos poucos meses após a
saída.
Em busca de reposição
O executivo de futebol do Londrina, Lucas Magalhães,
confirmou que a negociação com o Nacional da Ilha da Madeira foi concluída na
quinta-feira (26). O clube manteve parte dos direitos econômicos de Pablo,
embora os valores da transação não tenham sido divulgados.
"Uma coisa o torcedor pode ter certeza: só vamos fazer
negócio se entendermos que é bom para o Londrina. E foi bom para o Londrina.
Vamos manter um percentual do atleta", destacou Magalhães, que já trabalha
para repor a saída do centroavante.
"Toda a receita será reinvestida no clube. O Londrina é
gerido como uma empresa do ponto de vista do profissionalismo, com decisões
baseadas na razão, não na emoção. Claro que gostaríamos de manter um atleta do
nível dele, mas o torcedor pode confiar que essa negociação foi positiva para o
clube. O planejamento é contar com uma reposição o mais breve possível",
completou o dirigente.
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