Sebastian Vettel encerrou o mistério sobre seu futuro na Fórmula 1 e confirmou que será piloto da Aston Martin a partir da próxima temporada. A equipe é a atual Racing Point, time que evoluiu muito na temporada deste ano e promete crescer ainda mais agora que tem o investimento de um consórcio comandado pelo bilionário Lawrence Stroll e a associação com a marca de carros britânica. O contrato é multianual.
"Estou contente em finalmente dividir essas notícias muito empolgantes sobre meu futuro", disse Vettel em comunicado. "Estou extremamente orgulhoso em dizer que vou me tornar um piloto Aston Martin em 2021. É uma nova aventura para mim com uma companhia lendária. Tenho impressionado-me com os resultados que a equipe vem atingindo neste ano e acredito que o futuro é ainda melhor", destacou Vettel.
"A energia e o comprometimento de Lawrence [Stroll, presidente da equipe] com o esporte [e inspiradora e acredito que podemos construir algo muito especial juntos. Ainda amo a F1 e minha única motivação é correr na frente do grid. E fazer isso com a Aston Martin será um grande privilégio."
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O chefe da Racing Point, Otmar Szafnauer, salientou a qualidade do tetracampeão. "Todo mundo na fábrica de Silverstone está muito empolgado por essa notícia. Sebastian é um campeão e traz uma mentalidade vencedora que combina com nossas ambições para o futuro da Aston Martin.
Em uma classificação ou corrida, Sebastian é um dos melhores do mundo, e não consigo pensar em um piloto melhor para nos levar a esta nova era. Ele terá um papel significativo para levar este time a um outro nível."
O futuro do piloto de 33 anos estava em aberto desde que o alemão foi avisado, por telefone, antes da temporada 2020 começar, que não teria seu contrato com a Ferrari renovado após o fim deste ano. O anúncio de que o alemão deixaria a equipe veio junto de uma avalanche de mudanças, com Carlos Sainz indo para sua vaga na Ferrari ao lado de Charles Leclerc, Daniel Ricciado se acertando com a McLaren para a vaga de Sainz, e Fernando Alonso sendo confirmado algumas semanas depois de volta na Renault, que vai se chamar Alpine a partir do ano que vem.
Os anúncios se sucediam, mas nada de Vettel dar pistas sobre seu futuro. Desde o início, a Aston Martin parecia ser a saída mais lógica para ele, uma vez que as portas na Red Bull rapidamente se fecharam, com o time focado em Max Verstappen, e a Mercedes dando indícios de que manteria a dupla de pilotos (Valtteri Bottas foi confirmado e Lewis Hamilton negocia a renovação), mas o campeão do mundo mais jovem da história sequer cravava se ficaria na categoria, tiraria um ano sabático, ou se aposentaria da F1 de vez, aos 33 anos.
Isso porque a Aston Martin tinha dois pilotos sob contrato em 2021: Lance Stroll, filho do dono da equipe, e Sergio Perez, peça fundamental para a recuperação financeira do time durante o processo de mudança de Force India para Racing Point. Mas o mexicano anunciou na quarta-feira que não continuaria na equipe.
O anúncio de Vettel ocorre, curiosamente, às vésperas do GP 1000 da Ferrari, que será neste final de semana, em Mugello, na região da Toscana, na Itália. O alemão foi contratado pela Scuderia em 2015 para substituir Fernando Alonso. Grande fã de Michael Schumacher, Vettel sempre teve o sonho de defender o time italiano, mas acabou perdendo espaço depois da chegada de Charles Leclerc no ano passado. Vettel conquistou seus quatro títulos entre 2010 e 2013, pela Red Bull.