A tenista japonesa Naomi Osaka, nº 10 do mundo, anunciou, por meio de seu Twitter, que não disputará a semifinal do WTA de Cincinnati, marcada para esta quinta-feira (27), como protesto contra ataques de policiais a pessoas negras nos Estados Unidos. Ela justificou que 'antes de uma atleta, é uma mulher negra'.
"Olá, como muitos de vocês sabem, eu estava com meu jogo das semifinais agendado para amanhã. No entanto, antes de atleta, eu sou uma mulher negra. E, como uma mulher negra, eu sinto que têm muitos assuntos mais importantes acontecendo que precisam de atenção imediata, mais do que me ver jogar tênis", escreveu.
Naomi Osaka escreveu ainda que não espera que sua atitude leve a mudanças drásticas, mas afirmou que se uma conversa sobre o que está acontecendo for iniciada no mundo do tênis, ela entenderá que é um passo na direção certa.
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A atleta se disse enojada por assistir o que ela chamou de genocídio de pessoas negras e cansada de ouvir conversas sobre o assunto que não levam a nada.
"Eu não espero que nada drástico aconteça por eu não jogar, mas se eu conseguir iniciar uma conversa em um esporte majoritariamente branco, eu considero um passo na direção certa. Assistir o contínuo genocídio de pessoas negras nas mãos de policiais me deixa enojada. Estou exausta de ver novas hashtags surgindo e extremamente cansada dessa mesma conversa de novo e outra vez. Quando isso terá um basta? #JacobBlake, #BreonnaTaylor, #ElijahMcclain, #GeorgeFloyd", completou.
Naomi Osaka enfrentaria a belga Elise Mertens na semifinal amanhã. Do outro lado da chave do torneio de Cincinnati estão Victoria Azareka (BLR) e Johanna Konta (GBR).