O ex-jogador de vôlei Ricardinho, de 43 anos, teve contas bancárias e quatro automóveis bloqueados em um processo por suspeita de desvio de recursos da Prefeitura de Maringá-PR.
O bloqueio, que atinge as contas de Ricardinho, da sogra dele, Maria do Carmo Panza, do advogado Rogério Rodrigues e da Maringá Vôlei, empresa presidida pelo ex-atleta, foi determinado pela 2ª Vara da Fazenda Pública de Maringá.
A ação foi proposta pelo Ministério Público (MP) em função de dois eventos de vôlei financiados pela prefeitura de Maringá em 2014: a Liga Mundial de Vôlei (foram dois jogos da seleção brasileira contra a Polônia) e a Copa do Brasil de Vôlei.
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A empresa Vôlei Brasil Centro de Excelência, mais conhecida pelo nome fantasia Maringá Vôlei, presidida por Ricardinho, foi a organizadora dos eventos por indicação da Confederação Brasileira de Vôlei. Os eventos custaram R$ 880 mil ao município, mas foram comprovados apenas R$ 204 mil pela empresa, de acordo com o MP.
A acusação aponta que R$ 255 mil foram direcionados para as contas bancárias privadas de Ricardinho e da sogra dele. Rogério Rodrigues estaria envolvido por ter sacado R$ 550 mil repassados pela prefeitura em espécie. Procurado pelo Estado, o ex-levantador afirmou que vai se pronunciar por meio de uma nota à imprensa. O escritório de advocacia que defende o Maringá Vôlei informou que ainda não foi notificado do bloqueio das contas.
Com uma carreira de sucesso na seleção brasileira, que inclui a conquista de um ouro olímpico, em Atenas-2004, e dois títulos mundiais, Ricardinho anunciou sua aposentadoria das quadras em julho aos 42 anos.