Os Jogos Olímpicos de Tóquio devem acontecer sem público estrangeiro. A informação é da agência de notícias Kyodo News. O evento está marcado para começar no dia 23 de julho.
A medida "é parte dos esforços para prevenir a transmissão do coronavírus, disseram nesta terça-feira (9) pessoas envolvidas na decisão", de acordo com a agência.
Segundo o texto, uma reunião com o Comitê Organizador Local, o governo japonês e o COI (Comitê Olímpico Internacional) deve acontecer na próxima semana para formalizar a decisão. O principal ponto de atenção dos organizadores são as novas variantes do vírus, potencialmente mais contagiosas.
Leia mais:
Causada por traumas, doença do pugilista que atingiu Maguila pode afetar outros esportes
Evento para fãs exibirá McLaren do bi de Senna em São Paulo durante o GP Brasil
Vera Viel conta como luta a ajudou a descobrir câncer
Polícia abre inquérito por homicídio em acidente que matou atletas no PR
Há também um debate sobre a vacinação dos atletas. O presidente do COI, Thomas Bach, já disse que ela não será obrigatória. Por outro lado, países já têm se adiantado e priorizado esportistas que podem competir no Japão.
A Folha mostrou em janeiro que entre brasileiros que compraram ingresso para Tóquio o receio de não conseguir assistir aos Jogos é grande, e há inclusive quem entenda que, excepcionalmente, a Olimpíada deva ser apenas para os atletas.
Na segunda-feira (8), uma pesquisa do jornal japonês Yomiori Shimbune apontou que apenas 18% dos entrevistados era favorável a ter estrangeiros durante o evento, enquanto 77% seria contra. Sobre ter público ou não, seja de onde for, houve praticamente uma divisão: 48% defendeu que as arquibancadas ficassem totalmente vazias, contra 45% que entende ser possível haver plateia.
A Olimpíada de Tóquio foi adiada de 2020 em razão da pandemia do coronavírus. Como a situação mundial ainda não parece próxima de estar controlada, uma série de medidas foram divulgadas com relação aos atletas, pelos organizadores.
Eles serão testados frequentemente, ficarão em uma "bolha" e não poderão viajar a turismo durante o evento.
Recentemente, houve uma troca de comando no comitê organizador. Após fazer comentários machistas, Yoshiro Mori renunciou ao cargo de presidente. Seiko Hashimoto, 56, ex-atleta e que competiu em sete Olimpíadas, assumiu em seu lugar.