Surfe
Fora dos holofotes desde o fim de 2013 devido a um acidente de esqui, Michael Schumacher voltou a virar notícia nas últimas semanas. A bola da vez é o fato de um HD (disco rígido) com itens do ex-piloto estar "desaparecido".
NOVA POLÊMICA
Os familiares do alemão estão com medo de conteúdos relativos ao heptacampeão mundial de Fórmula 1 vazarem. As informações foram divulgadas nesta terça (10) pelo Daily Mail.
Há em jogo uma série de arquivos pessoais de Schumacher, como fotos, vídeos e até prontuários médicos do ex-piloto -a lista inclui materiais produzidos após o acidente na França.
O temor está justamente em artigos que têm origem após 2013, já que ele foi completamente afastado de aparições públicas por sua família desde então.
O conteúdo foi roubado e armazenado em quatro pen drives e dois HDs por Markus Fritsche, ex-segurança de Schumacher. Ele cometeu o crime em 2020 ao perceber que seria demitido.
Fritsche arquitetou uma extorsão ao lado do amigo -e também segurança- Yilmaz Tozturkan, que chamou o filho, Daniel, para participar da operação. Os três estão sendo investigados pelas autoridades alemãs.
Os quatro pen drives e um dos HDs foram encontrados e apreendidos neste ano. Eles estavam na casa de um parente de Tozturkan.
O problema é que, segundo o Daily Mail, o outro HD não foi localizado -daí a preocupação da família de Schumi em meio à blindagem do alemão.
Os autores do crime podem pegar até quatro anos de prisão se considerados culpados. O julgamento deve ter início em janeiro de 2025.
O QUE SE SABE SOBRE A SAÚDE DE SCHUMACHER?
Schumacher sofreu um acidente gravíssimo em dezembro de 2013, quando esquiava na estação de Méribel, nos Alpes franceses. Desde então, a família blinda o ex-piloto e divulga poucas informações sobre seu estado de saúde.
O alemão acordou do coma quase seis meses após o acidente. Ele voltou para sua casa em Lake Geneva, na Suíça, depois de nove meses.
Por lá, o astro passava por reabilitação. A família e sua equipe nunca deram detalhes precisos do tipo de tratamento.
Apenas alguns familiares e amigos íntimos são autorizados a visitar Schumacher. Felipe Massa, por exemplo, diz que "tem noção" de como o colega está, mas que respeita a privacidade da família.
Nos últimos anos, houve pistas. Mick Schumacher, filho do astro e com passagem pela F1, lamentou que não possa "trocar figurinha" sobre automobilismo com o pai.
O arcebispo alemão Georg Gänswein disse, em 2018, que o piloto "consegue sentir as pessoas ao redor dele". Ele também comentou que o rosto do ex-piloto está "um pouco mais cheio".
Pessoas que afirmam ter tido informações indicam que ele não consegue se comunicar. Quem revelou essa questão da comunicação, por exemplo, foi Pietro Ferrari, filho do fundador da escuderia italiana.
Um dos poucos que mantém contato com os familiares é Jean Todt, ex-presidente da FIA e ex-chefe da Ferrari, equipe onde Schumacher trabalhou.
"Michael está aqui, então não sinto falta dele. [Mas ele] simplesmente não é o Michael que costumava ser. Ele é diferente e é maravilhosamente guiado pela esposa e pelos filhos que o protegem. A vida dele agora é diferente e tenho o privilégio de compartilhar momentos com ele. Isso é tudo que posso dizer", disse Jean Todt, ao L'Équipe em dezembro de 2023.