A vitória da 27ª edição da tradicional 500 Milhas de Londrina está novamente nas mãos de pilotos da casa: Aloysio Moreira, Osvaldo Ferreira e Bley Jr. cruzaram a linha de chegada na primeira colocação após 7 horas de corrida, exigindo resistência de máquinas e pilotos.
A prova começou com supremacia do protótipo Predador da dupla Jair e Duda Bana, vencedores da última edição e pole position da prova em 2018. Porém o carro sofreu diversos problemas durante toda a corrida, sendo obrigado e entrar para boxes algumas vezes. Em quarto lugar na geral o time vinha realizando uma prova de recuperação visando a parte final da corrida até sofrer uma quebra de motor no giro de número 151 e abandonando de vez a prova e chance de Jair alcançar o pentacampeonato das 500 Milhas de Londrina.
O rápido protótipo Cobalt V8 #25 de Ney Faustini e Edras Soares também se acidentou logo no início abandonando a chance de vitória. Constante durante toda a corrida, a Mercedes-Benz #14 da equipe Cordova Motorsport dos pilotos Junior Victorette, Marconi Abreu e Marcelo Karam abandonou depois de 144 voltas por problemas eletrônicos.
O protótipo Spyder #226 da Motorcar Racing guiado por Luciano Borghesi, Mario Marcondes e Claudio Leoni assumiu a liderança da prova logo no começo da corrida, quando o Predador foi obrigado a entrar para os boxes e vinha em um bom ritmo. Porém ainda na primeira hora de corrida perdeu a liderança para o protótipo #38 de Moreira, Ferreira e Bley Jr – mas sem deixar os líderes escaparem, deixando a entender que travariam uma grande disputa até o fim da prova.
Mas coube ao Omega V8 #77 da família Soares guiado por Edras, Esdras e Juarez (pai e seus filhos) travar disputas dignas de uma partida de xadrez e ameaçando a liderança a qualquer erro da equipe Tumiate Competições ou seus pilotos.
Mas mesmo depois de mais de quatro horas de corrida com problemas na barra de direção onde o protótipo #38 foi obrigado a entrar para os boxes e realizar uma solda na peça tirou a liderança e a tranquilidade da equipe. No final o Omega #77 foi obrigado a realizar uma nova parada para manutenção – quando o Spyder #38 abriu na liderança 6 voltas, o suficiente para garantir a vitória.
Aloysio Moreira e Osvaldo Ferreira chegam a terceira vitória na prova (2013, 2014 e 2018) e Luiz Bley Jr. torna-se agora bicampeão (1993 e 2018): "É uma emoção muito grande (conquistar a vitória mais uma vez), acreditamos desde o começo e as coisas foram acontecendo. Quando tem que ser, é", comentou Aloysio Moreira. "O pé quente é mesmo o Osvaldo, pois desde 2015 ele não corre, voltando esse ano e vencendo novamente", finalizou Moreira explicando sobre o companheiro que desde 2015 estava afastado da prova por problemas de saúde.
O trio mato-grossense que chegou em segundo lugar (além de vencer na categoria II) também mostravam-se extremamente felizes com o resultado, prometendo voltar e buscar a vitória: "Infelizmente não deu esse ano, mas com certeza voltaremos visando a vitória", comentou o patriarca Edras Soares.
A terceira colocação ficou com o protótipo Spyder #76 da equipe LT Team guiado por José Neto, Marcelo Karan e Beto Borghesi, também vencedores na categoria I. Destaque no começa da prova, o Spyder #226 do trio Luciano Borghesi, Marcio Marcondes e Claudio Leoni cruzou a linha de chegada na quarta colocação na geral, seguidos pelo paraguaio Alejandro Cignetti e do paulista Luiz Abbade.
O VW Gol #30 da Sermann Racing foi o quinto colocado com os pilotos Rodney Grandizoli e Algacir Sermann, à frente do protótipo Spyder #78 de Sergio Martinez, Vander Penques e Antonio Sergio Cardoso.
Lutando até o último momento, o VW Gol #83 da 2RH Racing levantou o público ao cruzar na 8ª colocação na geral: sofrendo um acidente devido a pista molhada dos treinos de sexta-feira, o carro guiado por Eduardo Costa, Henrique Moreira e Gustavo Moreira sofreu com muitos problemas durante toda a prova, sendo obrigado a realizarem reparados e até pneu furado nos últimos minutos de prova, mas receberam a bandeira quadriculada com muita honra, mostrando o espírito do endurance.
A nona colocação ficou com a dupla João Weiller e José Carvalho e a simpática Puma #107 e igualmente como a maioria do grid também sofreu com problemas mecânicos, sendo obrigado inclusive a voltar para os boxes rebocado após a perda de uma roda por quebra dos prisioneiros – mas retornou e também recebeu a bandeira quadriculada.
Apesar de uma prova com muitos problemas mecânicos dos participantes, o único acidente que preocupou os presentes foi do Aldee #40 da equipe Semage Racing: com a quebra da suspensão dianteira, André Pardo bateu na saída da curva conhecida como "caixa d´água" danificando muito o carro, porém sem sofrer nenhum problema físico. O time que conta ainda com Admir e Diego Pardo tinha o planejamento de lutar pela vitória devido aos problemas dos demais competidores, mas infelizmente adiaram o sonho para 2019.
Também não terminaram a prova o VW Gol #75 de Marcos Romero, Rodrigo Garcia e Werner Bequegueri (problemas no motor), e os Spyder da LT Team #74 de Edgar Silva, Wenes Carvalho e Mauricio Zetter e #79 de Leandro Totti, Gabriela Totti e José Macedo por quebra da suspensão traseira.