A audiência pública para discutir o Relatório de Impacto Ambiental da construção do autódromo na região de Deodoro, no Rio de Janeiro, foi novamente adiada por decisão da justiça carioca.
A juíza Roseli Nalin, titular da 15ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Estado, questionou a instituição do Conselho Estadual de Meio Ambiente (CEMA) e acatou a queixa do Ministério Público de que tal audiência não poderia ser feita por meio eletrônico, argumento que já tinha bloqueado a primeira tentativa de se fazer a audiência durante a pandemia, em 28 de maio. A reunião estava marcada para esta sexta-feira (7).
A aprovação do Relatório de Impacto Ambiental é o último obstáculo para o início das obras do autódromo carioca. No entanto, há disputa em torno da necessidade de preservação de parte do espaço que era de propriedade do Exército: de um lado, ambientalistas brigam para preservar uma área que seria de Mata Atlântica na Floresta do Camboatá. De outro, a Rio Motorsport, empresa que está por trás do projeto do autódromo, alega que a área não é de floresta original.
Leia mais:
Causada por traumas, doença do pugilista que atingiu Maguila pode afetar outros esportes
Evento para fãs exibirá McLaren do bi de Senna em São Paulo durante o GP Brasil
Vera Viel conta como luta a ajudou a descobrir câncer
Polícia abre inquérito por homicídio em acidente que matou atletas no PR
Por parte da Fórmula 1, a Liberty Media, que detém os direitos comerciais da categoria, aguarda a solução do impasse para decidir sobre a renovação ou não do contrato para ter o GP Brasil. O acordo atual, com a Interpub, promotora do GP em São Paulo, acaba no final deste ano.
Ele previa a realização de mais uma corrida, em 2020, mas o acordo foi cancelado "por força maior", o que impede que a prova seja remarcada para o ano que vem. No final de julho, a F-1 cancelou todas as corridas que realizaria nas Américas -Canadá, México, EUA e Brasil- em todos os casos tendo a pandemia como justificativa.
Com o engajamento dos governos estadual e municipal de São Paulo para manter a prova em Interlagos, a possibilidade de que a corrida siga no mesmo palco em que é disputada desde 1990 também existe.
A Fórmula 1 nem sequer confirmou todas as provas do calendário de 2020, bastante afetado pelo novo coronavírus. Até o momento, 13 estão confirmadas, todas na Europa. É esperado que pelo menos mais duas provas, no Oriente Médio, sejam realizadas em dezembro. E também há a possibilidade de que outras duas provas na Ásia sejam adicionadas nas próximas semanas. O objetivo da F-1 é fazer pelo menos 15 corridas em 2020.