Horace Grant, 54, ex-jogador do Chicago Bulls, atacou Michael Jordan nesta terça-feira (19), acusando a lenda da NBA de fornecer uma versão distorcida da verdade na série documental de sucesso "The Last Dance", disponível no Brasil na Netflix. Em entrevista à Rádio ESPN, Grant, que venceu três campeonatos da NBA jogando ao lado de Jordan, disse que o aclamado documentário foi editado para apresentar Jordan sob uma luz favorável.
"Eu diria que [o documentário] foi divertido, mas sabemos, quem estava lá como companheiro de equipe, que cerca de 90% é besteira em comparação com a realidade", disse Grant, também campeão pelo Los Angeles Lakers em 2001.
"Não era real, porque muitas coisas [que Jordan] disse a alguns de seus colegas de equipe, seus colegas responderam de volta. Mas tudo isso foi meio que editado no documentário, se você quiser chamá-lo de documentário."
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Grant também rebateu as sugestões feitas por Jordan de que ele havia sido uma fonte importante de "The Jordan Rules" (As Regras de Jordan, em inglês), um livro que expôs a carreira do grande jogador da NBA e seus conflitos com colegas de equipe.
"Mentira, mentira, mentira", afirmou sobre a alegação. "Se Michael Jordan teve ressentimento comigo, vamos resolver isso como homens. Vamos conversar sobre isso. Ou podemos resolver de outra maneira."
Embora Grant tenha admitido ser um grande amigo do autor do livro, Sam Smith, ele insistiu que sempre protegeu a "santidade daquele vestiário". "Eu nunca colocaria nada pessoal por aí", disse.
O ex-ala/pivô também criticou a conduta de Jordan com membros mais jovens do vestiário dos Bulls, acusando-o de ser física e verbalmente abusivo com os companheiros de equipe.
Um trecho de "The Last Dance", realizado pela ESPN americana em parceria com a própria produtora de Jordan, conta a história de uma troca de socos entre o astro e o ex-companheiro de equipe Steve Kerr durante um treino.
Grant disse que se recusou a ser intimidado. "[Jordan] Achava que ele poderia me dominar, mas isso estava tristemente errado. Porque sempre que ele me procurava, eu respondia de volta. Mas com Will Perdue, Steve Kerr e o jovem Scott Burrell, era de cortar o coração. Ver um cara, um líder, atacar aqueles caras daquela forma."
"Entendo que, nos treinos, você tem um empurrão aqui e ali, mas socos e coisas dessa natureza, isso não cabia."