Beatriz Ferreira, 28, entrou no ringue para a disputa da final da categoria peso leve, até 60 kg, das Olimpíadas de Tóquio-2020 neste domingo (8), último dia dos Jogos. A brasileira acabou derrotada para a irlandesa Kellie Harrington e ficou com a medalha de prata.
Bia levou a melhor no primeiro assalto, na opinião de três dos cinco juízes. O segundo foi vencido por Harrington, que sacramentou o triunfo no terceiro round. Apesar da derrota, o resultado é histórico.
Trata-se da primeira medalha, independentemente da cor, de uma pugilista brasileira em Olimpíadas.
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Além disso, a conquista coroa um protagonismo inédito do Nordeste no quadro de medalhas. Em esportes individuais, a região conquistou 4 dos 7 ouros do Brasil (Ana Marcela Cunha, Isaquias Queiroz, Italo Ferreira e Hebert Conceição) e agora também duas pratas (Bia e Rayssa Leal).
Grande parte disso veio justamente da Bahia, estado de Beatriz Ferreira. Destes pódios, apenas Italo e Rayssa são de outros estados (respectivamente, Rio Grande do Norte e Maranhão).
Bia se tornou profissional em 2017. Sofreu apenas sua sexta derrota na carreira. De todos os torneios que disputou até aqui, não subiu ao pódio apenas em uma oportunidade. Foi campeão do Pan-Americano e do Mundial, em 2019.