Os rendimentos dos cem atletas mais bem pagos do mundo estão menores em 2020 do que foram em 2019, segundo levantamento da revista Forbes. É a primeira vez em quatro anos que o valor caiu em relação ao período anterior. Ao todo, esses esportistas embolsaram, nos últimos 12 meses, US$ 3,6 bilhões (cerca de R$ 19,5 bilhões), o que representa uma queda de 9% em relação ao ranking publicado em 2019.
O atleta mais bem pago do mundo em 2020 passou a ser o tenista suíço Roger Federer, 38, com US$ 106,3 milhões (R$ 576,7 milhões) antes de descontados impostos. Federer é o primeiro tenista a ocupar a liderança na história do ranking, iniciado em 1990. Ele recebeu US$ 100 milhões de patrocínios e participações em eventos e US$ 6,3 milhões em premiações de torneios.
Em três dos últimos quatro anos, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi haviam se revezado na primeira posição. Nos últimos 12 meses, somados, eles receberam US$ 209 milhões, US$ 28 milhões a menos do que em 2019.
Pela lista da Forbes, Cristiano Ronaldo (US$ 105 milhões) está em segundo, e Messi (US$ 104 milhões), em terceiro. O único brasileiro entre os 100 é Neymar, na quarta posição (uma abaixo do que no ano passado), com rendimentos de US$ 95,5 milhões. Os atacantes de Juventus-ITA e Barcelona-ESP tiveram redução de salários por causa da paralisação do futebol, forçada pela pandemia da Covid-19. Os principais torneios do mundo foram interrompidos na primeira quinzena de março. As ligas italianas e espanholas devem ser retomadas no próximo mês.
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"A pandemia desencadeou cortes salariais para as estrelas do futebol Messi e Ronaldo, abrindo caminho para um tenista ocupar o posto de atleta mais bem pago do mundo pela primeira vez", disse Kurt Badenhausen, editor da Forbes. Entre os cem atletas de maior rendimento no esporte profissional listados, há duas mulheres, as tenistas Naomi Osaka e Serena Williams. Enquanto a americana já esteve em outras edições do ranking da revista, a japonesa é novidade de 2020.
Com US$ 37,4 milhões, Osaka tornou-se a mulher mais bem paga da história no meio esportivo e ocupa a 29ª posição da lista. Serena é a 33ª, com US$ 33 milhões. Os esportistas mais afetados pela pandemia, de acordo com o ranking, são os da MLB (Major League Baseball), a liga profissional de beisebol dos Estados Unidos.
Por causa do vírus, o início da temporada, marcado para o final de março, foi adiado e ainda não tem data para acontecer. O sindicato dos atletas está em um impasse na negociação do acordo coletivo com os donos de equipes, que também ameaça o torneio. Das nove categorias de esportes analisadas pela publicação, quatro tiveram queda de receita dos atletas neste ano em relação a 2019: basquete (NBA), boxe/MMA, golfe e beisebol.