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Expectativas

O que se pode esperar do técnico Dorival Júnior na seleção brasileira

Lucas Musetti Perazolli - Folhapress
09 jan 2024 às 18:19
- Reprodução/ Twitter
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O técnico Dorival Júnior assume a seleção brasileira com a expectativa de comandar o ciclo até a Copa do Mundo de 2026. O que se pode esperar dele?


Justiça 

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Dorival é muito querido pela maior parte dos atletas com quem trabalhou. Apesar do bom trato, ele foge daquele estilo "paizão".

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O treinador entende que o respeito se adquire com decisões justas e bom diálogo. A amizade não pode impedir as broncas quando necessárias. 

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Uma característica marcante da conduta de Dorival é evitar problemas em público. Ele sempre terá discurso sereno, até nos momentos de maior turbulência. 


Outratraço de sua personalidade é ouvir os jogadores. Ele briga com os dirigentes para que o elenco saiba com clareza o que vai ocorrer, sem desvios.

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Exigência 


Dorival Júnior é muito autocrítico. Ele estende essa cobrança aos jogadores, membros da comissão técnica e dirigentes. 

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Dorival vai exigir tranquilidade para trabalhar em meio a uma CBF desorganizada e em crise política. O caos afastou momentaneamente Ednaldo Rodrigues da presidência. 


Dorival pediu paz para trabalhar e liberdade para escolher comissão técnica e diretoria. Ednaldo deve descentralizar as decisões. 

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Dorival é extremamente detalhista. Em 2015, ele se apresentou ao Santos e detectou que extintores do CT Rei Pelé estavam vencidos. 


Equilíbrio 

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Dorival Júnior não tem um jeito preferido de jogar. Apesar de não ser fechado, ele gosta de comandar times rápidos, ofensivos e com posse de bola. 


A prioridade é ver equipes que marquem e defendam com a mesma atenção. Uma exceção é o Santos de Neymar "kamikaze" em 2010. 

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Dorival comandou um Flamengo protagonista e um São Paulo que adotava posturas diferentes. A ideia é sempre se adequar às características do seu time e dos rivais, como quando adaptou Gabigol e Pedro juntos no Rubro-Negro.


Dorival vai primeiro buscar esse equilíbrio na seleção. A equipe começou mal nas Eliminatórias, mas depois ele deve soltar o time. A oportunidade de convocar os melhores anima e muito o comandante. 


Sem esquema fixo


O São Paulo de Dorival Júnior alternava as formações. Ora com dois atacantes abertos, ora com dois meias ou o tradicional losango no meio-campo. 


Dorival deve continuar nessa toada na seleção: treinar alternativas e escalar a melhor de acordo com o adversário. 


A tendência é que o Brasil jogue com dois zagueiros, um volante de maior marcação, dois meias e três atacantes. A forma como esses atletas se adaptarão em campo mudará a partir da necessidade.


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