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Londrina EC terá poder de voto na Liga Forte com retorno à Série B

13 nov 2025 às 12:16

Com o acesso confirmado ao Campeonato Brasileiro da Série B em 2026, o Londrina passa a ter um novo status também dentro da Liga Forte União (LFU), entidade da qual faz parte desde 2023. A LFU, que reúne a maior parte dos clubes brasileiros, foi tema recente de um imbróglio relacionado aos valores de repasse ainda durante a gestão da SM Sports no LEC, questão que só foi resolvida com a chegada da Squadra Sports e a transformação do clube em SAF, no ano passado.


A mudança de divisão traz impacto direto na representatividade do LEC dentro da liga. Diferentemente dos clubes da Série C, as equipes da Série B têm direito a voto nas decisões da LFU, o que permite uma participação mais ativa nas deliberações.


O Londrina já havia aderido à LFU antes de o grupo comandado por Guilherme Bellintani adquirir oficialmente 90% do futebol do clube, em meados de 2024. Desde então, a Squadra concentrou esforços em recuperar o espaço do clube dentro da liga, especialmente num momento em que o time ainda disputava a Série C do Brasileiro.


O entendimento da atual gestão é de que a LFU representa hoje o caminho mais seguro para o Londrina. A liga vem se consolidando como o principal bloco comercial do futebol brasileiro, com a maior base de clubes sob o mesmo acordo, o que confere força de negociação e maior estabilidade ao projeto. Em 2026, o Londrina deverá ter uma presença mais ativa nas decisões da entidade e nas discussões sobre o futuro da competição.


Mesmo com esse avanço, há uma cobrança crescente dos clubes da Série B para que a LFU dedique maior atenção às equipes da segunda divisão. O valor bruto repassado a cada time em 2025 ficou na casa dos R$ 14 milhões, quantia considerada insuficiente diante dos custos de uma temporada completa. Segundo Bellintani, o valor será semelhante em 2026, e o líquido incorporado aos cofres é de aproximadamente R$ 9 milhões.


Recentemente, a situação levou dirigentes de times da atual Série B a solicitarem um apoio emergencial à CBF, que autorizou o repasse de R$ 2,5 milhões por clube. O auxílio foi concedido tanto às equipes ligadas à LFU quanto àquelas vinculadas à Libra, liga concorrente que reúne um número menor de associados.


A expectativa para os próximos anos é de que ocorra um avanço gradual nos repasses destinados aos times da Série B, dentro de um processo de reequilíbrio financeiro. A projeção é de um aumento entre 15% e 20% no valor bruto em 2026, impulsionado pela aproximação entre as ligas e a CBF. Ainda assim, a estimativa é de que o acréscimo não seja suficiente para alterar de forma significativa a realidade orçamentária dos clubes da divisão.

Times da LFU

Atualmente, 35 clubes compõem a Liga Forte União (LFU), que conta com representantes nas quatro divisões do futebol brasileiro. Na Série B, o domínio da liga é expressivo: 16 dos 20 clubes que disputam a edição de 2025 fazem parte do grupo.


Entre eles estão Athletico Paranaense, Chapecoense, Coritiba, Criciúma, Goiás e Novorizontino, equipes que lutam pelo acesso à Série A. Na outra ponta da tabela, Amazonas, Athletic e Botafogo-SP brigam para evitar o rebaixamento à Série C.


Dos quatro clubes que conquistaram o acesso à Série B para a próxima temporada, três integram a LFU: Londrina, Ponte Preta e Náutico. Com isso, a liga seguirá como o bloco majoritário da segunda divisão também em 2026.

União das ligas

Outro ponto em pauta é a possibilidade de unificação entre a LFU e a Libra, com o objetivo de que o Campeonato Brasileiro passe a ser organizado diretamente pelos clubes, a exemplo do que ocorre nas principais ligas do mundo. Apesar de ser vista como um passo natural no futuro, essa união ainda está distante.


Internamente, a Squadra Sports avalia que o ambiente político atual do futebol brasileiro torna improvável qualquer movimento imediato nesse sentido. O cenário, segundo dirigentes, é de polarização e interesses distintos entre as duas ligas, o que inviabiliza negociações no curto prazo.

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