O Londrina Esporte Clube se manifestou oficialmente nesta segunda-feira (15) após a confusão generalizada que tomou conta da avenida Jorge Casoni na noite de domingo (14), logo depois do empate sem gols contra o Floresta-CE, pela Série C. O episódio envolveu supostos membros da torcida organizada Falange Azul, que tentaram invadir o vestiário do clube, agrediram o volante Alison e membros da comissão técnica, além de provocar a ação policial que resultou em feridos.
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Por meio de nota oficial, o clube lamentou os acontecimentos e destacou a desproporção entre o comportamento de seis torcedores envolvidos nas agressões e os mais de seis mil presentes no estádio VGD (Vitorino Gonçalves Dias) durante a partida. O texto foi intitulado “6 não representam 6 mil”.
“O LEC lamenta profundamente os incidentes ocorridos após a partida do último domingo (14). A conduta de seis pessoas não representa os mais de 6 mil torcedores que apoiaram com respeito durante todo o jogo e aplaudiram nossa equipe ao final. Já identificamos alguns dos responsáveis e estamos trabalhando em conjunto com as autoridades para as providências jurídicas cabíveis”, declarou o clube em comunicado.
Críticas à ação policial
Se por um lado a diretoria repudiou a violência da torcida, por outro também criticou a forma como a Polícia Militar agiu para conter o tumulto. Policiais dispararam balas de borracha e utilizaram cassetetes, atingindo torcedores comuns e até funcionários do próprio Londrina.
O preparador físico Guilherme Strass foi baleado três vezes, na nuca, nas costas e na perna. Já o analista de desempenho Breno Barbosa foi atingido por dois disparos. “Confiamos na Polícia Militar, mas não podemos deixar de registrar que alguns policiais agiram de forma equivocada, tardia e desproporcional. É inadmissível a agressão a torcedores, atletas, comissão técnica, staff e familiares em nosso estádio”, afirmou a nota.
"Seguimos focados e unidos em busca do acesso, e contamos com o apoio da cidade e da nossa torcida, que demonstrou grandeza e respeito no VGD", completou o LEC.
Situação de Alison
O Londrina não detalhou a condição do volante Alison, que foi o primeiro alvo das agressões. A reportagem, no entanto, apurou que o atleta seguirá no clube para a reta final da Série C, encerrando os boatos de que o jogador poderia pedir a rescisão contratual. Titular absoluto da equipe de Roger Silva, o camisa 5 é considerado peça intocável no elenco. Alison tem histórico de superação e já deixou claro em entrevista que tem gratidão ao time alviceleste pela retomada de sua carreira.
O jogador passou por seis cirurgias nos joelhos e, mesmo assim, conseguiu retomar espaço no futebol com a camisa do LEC. Ele chegou a ser sondado por equipes da Série B recentemente, mas optou por cumprir seu contrato com o clube, que vai até o fim de 2025.
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