João Fonseca obteve uma difícil e significativa vitória na tarde de sexta-feira (14), na Argentina. O brasileiro de 18 anos viu a derrota de perto e precisou salvar dois match points para calar a torcida no ATP 250 de Buenos Aires e vencer o tenista local Mariano Navone por 2 sets a 1, parciais de 3/6, 6/4 e 7/5.
O triunfo o levou pela primeira vez na carreira às semifinais de um torneio de nível ATP -acima dos Challengers, dedicados especialmente a jogadores em formação. Ele já havia atingido as quartas de final outras duas vezes e perdido justamente para Navone em uma delas, no Rio Open do ano passado -a outra derrota nas quartas foi em Bucareste, também no ano passado.
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Superado em casa pelo argentino, o carioca deu o troco em Buenos Aires, de maneira impressionante. Sem encontrar a precisão que buscava em seus golpes, perdeu o primeiro set e, após o empate no segundo, voltou a cometer erros. Sacando em 3/5, porém, saiu de um 15/40 com coragem, ganhou moral e não perdeu mais nenhum game no saibro portenho.
"São por vitórias assim que nós trabalhamos. Eu não estava no meu melhor, mas lutei até o fim. Estou cansado", afirmou. "Desde o começo, eu estava acreditando que poderia ganhar, mesmo que não estivesse no meu melhor. Acreditei e estou nas semifinais. É incrível. Não é fácil contra o Mariano, mas estou muito feliz pela maneira de que lutei e estou em minha primeira semifinal."
A partida de 2h54 foi a terceira seguida de João contra argentinos em Buenos Aires. Antes de ter superado Navone (47º do mundo), ele havia batido Tomás Martín Etcheverry (44º) e Federico Coria (115º). Agora, terá pela frente o sérvio Laslo Djere (112º), que eliminou o brasileiro Thiago Wild -Fonseca e o experiente sérvio, de 29 anos, jamais se enfrentaram.
A campanha já assegura a Fonseca o melhor ranking de sua carreira. O fluminense, que começou a semana na 99ª colocação, aparecerá no mínimo em 83º lugar na próxima lista a ser divulgada pela ATP (Associação dos Tenistas Profissionais). Se vencer Djere no sábado (15), tornar-se-á número um do Brasil, ultrapassando Wild, que estará em 73º no ranking da semana que vem.
Tratado como uma das grandes promessas do tênis, João chamou de vez a atenção do mundo do tênis entre o fim do ano passado e o início deste ano. No período, conquistou o Next Gen ATP Finals (que reuniu em Jidá, na Arábia Saudita, os oito melhores atletas de até 20 anos da temporada 2024) e o Challenger de Canberra, na Austrália.
Em seguida, ganhou seus três embates na fase preliminar do Australian Open e fez um grande jogo em sua estreia na chave de um Grand Slam -série que reúne os quatro principais torneios do circuito. Encarou o então número nove do mundo, o talentoso russo Andrei Rublev, e triunfou por 3 sets a 0.
O sucesso fez do carioca a principal atração do Rio Open, cuja chave principal começará a ser disputada na próxima segunda, no Rio de Janeiro. Antes de voltar para casa, porém, ele tentará dar sequência à excelente campanha que vem construindo na Argentina, com vitórias jogando bem, como na estreia, e jogando mal, como na revanche contra Navone.
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