Uma portaria da FPF (Federação Paulista de Futebol), publicada nesta quarta-feira (2), determinou a proibição da entrada de seis das torcidas organizadas do Corinthians em estádios de futebol de São Paulo até o fim do ano. São: Gaviões da Fiel, Camisa 12, Fiel Macabra, Pavilhão 9, Estopim da Fiel e Coringão Chopp.
A medida atende a uma recomendação do Jecrim (Juizado Especial Criminal), expedido pelo MPSP (Ministério Público do Estado de São Paulo), devido a incidentes na partida de volta da final do Campeonato Paulista entre o Timão e Palmeiras, na Neo Química Arena, no último dia 27 de março.
Leia mais:

Vini Jr. iguala Ronaldo como brasileiro com mais gols na história do Real

Londrina EC vence jogo-treino contra o Paranavaí neste sábado no VGD

Ex-base, Filipe Luís abre espaço aos jovens em meios a desfalques no Flamengo

Abel bate 50 jogos na Libertadores e supera 20 times brasileiros em vitórias
Durante a partida, sinalizadores foram arremessados no gramado, partindo das arquibancadas em que ficam essas torcidas. O jogo terminou empatado sem gols e o Alvinegro, por ter vencido o duelo anterior, no Allianz Parque, por 1 a 0, ficou com o título.
Conforme a portaria, assinada pela diretora do Departamento de Segurança, Infraestrutura e VAR (arbitragem de vídeo) da FPF, Marina Tranchitella, fica proibida a entrada "de qualquer indumentária e objetos (faixas, bandeiras etc.) que identifiquem os associados" das organizadas.
Ainda segundo o texto, a punição entra em vigor "na presente data", ou seja, é válida já na partida desta quarta, diante do Huracán, da Argentina, pela Copa Sul-Americana, às 19h (horário de Brasília), pela Copa Sul-Americana.
Duas das torcidas citadas se manifestaram. A Gaviões da Fiel solicitou que os integrantes que forem à partida desta quarta-feira (3) vistam uma camiseta preta do Corinthians ou a "camisa da proibição", pedindo que sejam evitados bonés coloridos e itens que façam alusão a "bairros e quebradas". A organizada comentou que o "departamento jurídico já está avaliando a situação".
A Pavilhão 9 manifestou "veemente repúdio" à portaria, dizendo que a decisão "viola princípios constitucionais e legais" e pune "indiscriminadamente milhares de torcedores pacíficos". Conforme a nota, a torcida prestará suporte jurídico "a quaisquer associados que sejam impedidos de ingressar em estádios ou tenham objetos apreendidos arbitrariamente, promovendo ações individuais de reparação por danos morais e materiais".
