"É Copa, se sofre e é assim". Essa foi uma das frases ditas por Luis Zubeldía após o empate sem gols do São Paulo contra o Botafogo, no Nilton Santos, pela ida das quartas de final da Libertadores. O clube, aliás, tem encarnado o espírito "copeiro" ao adotar uma fórmula já testada -e aprovada- no ano passado pelo seu treinador.
Leia mais:
Pacaembu volta a receber futebol neste sábado (21), após mais de três anos
Com Memphis perto de estreia, Corinthians lota setor que era preocupação
Ronaldo se derrete pela torcida do Corinthians
Gabigol precisa de aproveitamento de Haaland para fugir de pior ano no Flamengo
É PRECISO SABER SOFRER
Zubeldía reforçou sua zaga diante dos cariocas e acabou premiado. Mesmo pressionado -principalmente no primeiro tempo-, o Tricolor segurou o 0 a 0 até o apito final e empurrou a decisão para o MorumBis.
A estratégia já havia sido adotada contra o Nacional (URU) nas oitavas de final: a equipe empatou em Montevidéu e, em casa, aplicou 2 a 0 no adversário.
Sofrer poucos gols como visitante marcou o último título de Zubeldía, no ano passado, pela LDU. O treinador comandou o time equatoriano na campanha vencedora da Sul-Americana.
Nas três eliminatórias antes da final contra o Fortaleza daquela Sul-Americana, a equipe foi vazada apenas uma vez fora de casa -e justamente contra o São Paulo, no MorumBis, já no duelo de volta das quartas. Diante do Ñublense e do Defensa y Justicia, em duelos de ida das oitavas e da semi, a LDU não tomou gols: venceu os chilenos por 1 a 0 e empatou com os argentinos.
Na fase de grupos, a tônica foi a mesma, e o próprio Botafogo foi uma das vítimas: os equatorianos saíram do Nilton Santos com o empate por 0 a 0.
SUSTOS E MUDANÇA DE ESQUEMA
Contra o Botafogo, Zubeldía colocou em campo um São Paulo com três zagueiros em uma espécie de 5-4-1. A estratégia, porém, não se mostrou eficiente na etapa inicial: a equipe deixou muitos espaços na intermediária e não teve forças para armar contra-ataques.
O cenário mudou após substituições no 2° tempo. O técnico mexeu na estrutura do time tricolor, que passou a ter um pouco mais de volume e até teve chance de balançar a rede -algo que se mostrava, até então, distante.
O 1° tempo foi uma virtude do rival, mas tínhamos de correr melhor o campo mudando algumas coisas. Depois, jogamos mais tranquilos, e o rival não criou tanto. Entraram jogadores frescos. São jogos de Copa, jogos de 180 minutos. Acredito que podemos passar.Zubeldía, após Botafogo 0 x 0 São Paulo