Depois de ter prometido que Odair Hellmann permaneceria no Santos até o final do ano, o presidente Andres Rueda o demitiu no início da tarde desta quinta-feira (22). A queda acontece pouco mais de 12 horas após os protestos da torcida na derrota por 2 a 0 para o Corinthians, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro.
A partida não chegou ao final porque torcedores atiraram rojões no gramado. Outros objetos também foram jogados, o que dificultou a saída de campo dos jogadores. Também nesta quinta, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) determinou que o clube vai mandar seus jogos com portões fechados por 30 dias.
A decisão foi tomada a pedido da procuradoria do tribunal e acatada pelo presidente José Perdiz. Cabe recurso. Isso já vale para o confronto de domingo (25), contra o Flamengo, também pelo Brasileiro.
Leia mais:
Gabigol deixa futuro para depois da Copa do Brasil; Fla mantém discurso
'A verdade, como o sol, sempre sairá', diz Marcelo após rescisão com Fluminense
Ceará vence Avaí, adia volta do Santos à Série A e embola briga por acesso
Copa do Brasil: Flamengo vence por 3 a 1 o Atlético-MG em 1º jogo da final
O Santos está há nove jogos sem vencer e, neste período, foi eliminado na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana. No Brasileiro, ocupa a 13ª colocação (e está a apenas cinco pontos da zona de rebaixamento antes das partidas desta quinta-feira).
Com Hellmann no comando, a equipe foi eliminada na fase inicial do Campeonato Paulista pelo terceiro ano consecutivo. Ele deixa a Vila Belmiro depois de 34 partidas, Foram 11 vitórias, 12 empates e 11 derrotas.
O goleiro João Paulo considerou a atuação alvinegra diante do Corinthians "uma mancha na história do Santos". O maior alvo de protesto dos torcedores foi o presidente Andres Rueda.
Entre os grandes de São Paulo, o Santos é quem está há mais tempo sem títulos. A última conquista de expressão foi o Paulista de 2016.
O mais cotado para assumir o comando do time é Fábio Carille. Ele já comandou o Santos na administração Rueda, entre 2021 e 2022. Em entrevista à Folha de S.Paulo, o presidente diz ter se arrependido de demiti-lo.