O gestor da SM Sports, Sérgio Malucelli, disse nesta quinta-feira (5), que teve uma reunião "proveitosa" com os dirigentes do Londrina. Ele apresentou uma proposta para continuar a parceria entre as partes e ela será encaminhada para o Conselho Deliberativo do clube. A resposta deve sair até a próxima semana.
Malucelli explicou que, depois de aprovado pelo Tubarão, o novo acordo ainda precisará ser homologado pelo Ministério do Trabalho.
O gestor não quis dar detalhes sobre os valores financeiros da proposta, mas afirmou que seria a "salvação”, tanto para o LEC, quanto para a SM Sports. Segundo ele, nenhuma das partes conseguiria bancar a participação da equipe na Série C sozinha. "Com o que o Londrina tem em caixa hoje, não consegue aguentar três meses”, declarou.
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Para exemplificar a dificuldade na manutenção do clube, Malucelli afirmou que, em 2019, a receita do Londrina foi próxima de R$ 8 milhões, enquanto as despesas somaram cerca de R$ 14 milhões. "Essa diferença tem que sair do meu bolso ou da venda de jogadores. Não tem como fechar a conta”, disse o gestor.
"Nesses 10 anos que eu estou aqui, nós já pagamos ao Londrina R$ 8 milhões e eu devo R$ 1,4 milhão. Então, a matemática é simples, não tem como fazer. Eu vou ganhar dinheiro no dia em que eu sair daqui e vender os jogadores que eu tenho. Por enquanto, eu estou cobrindo as despesas que nós temos”, concluiu.
Em busca de soluções
Apesar dos problemas, Malucelli lembrou que a situação financeira do Londrina é melhor que a de boa parte dos clubes da Série B. "Quase todos os times da Série B estão com dívidas enormes. O Londrina é um dos poucos que não têm. Pelo contrário, ele quitou suas dívidas com o dinheiro que nós repassamos e é um dos clubes mais viáveis financeiramente.”
Com essa perspectiva, o dono da SM Sports admite a possibilidade de continuar no clube depois da atual temporada. Porém, isso dependeria da entrada de novos parceiros.
"Estamos trabalhando para trazer um time de fora ou um grupo de investimentos. Isso leva tempo. Mas nós vamos trabalhar para encontrar um patrocinador forte, um empreendedor que queira entrar como sócio. Porque sozinho, realmente, está muito difícil e muito caro.”
*Sob supervisão de Larissa Ayumi Sato.