A Procuradoria-Geral de San Isidro, que investiga a morte de Diego Maradona (1960-2020), acusa sete profissionais de saúde ligados ao caso de homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.
Os acusados serão interrogados a partir do dia 31 de maio e estão impedidos pela Justiça de deixar a Argentina.
Além do neurocirurgião Leopoldo Luque, que era o médido particular de Maradona, participarão dos interrogatórios: os enfermeiros Ricardo Omar Almirón e Dahiana Gisela Madrid; o coordenador dos enfermeiros, Mariano Perroni; a médica que coordenava a internação domiciliar para a companhia Swiss Medical, Nancy Forlini; o psicólogo Carlos Ángel Díaz; e a psiquiatra Agustina Cosachov.
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Esses profissionais haviam sido notificados anteriormente pela Justiça por homicídio culposo, cuja pena varia de 1 a 5 anos e pode ser cumprida em regime aberto. Com a nova acusação, porém, a pena aos envolvidos pode ser de 8 a 25 anos de prisão.
Leopoldo Luque, responsável pela operação de um hematoma na cabeça de Maradona no dia 3 de novembro de 2020, pouco menos de um mês antes da morte do ídolo argentino, também será interrogado por suposto uso de documento privado adulterado.
O médico teria utilizado uma assinatura falsa de seu paciente para solicitar seu histórico de saúde. A carta com a assinatura foi encontrada na casa de Luque durante a investigação.
A atualização das acusações ocorre depois de a junta médica responsável por investigar as causas da morte do ex-jogador ter apresentado um relatório com mais de 70 páginas, nas quais aponta que Maradona foi "abandonado à própria sorte".
O ídolo argentino morreu em uma casa de um condomínio fechado localizado no bairro de San Andrés, em Tigre, norte da Grande Buenos Aires.
"Levando em conta o quadro clínico-psiquiátrico e o mau estado geral, ele deveria ter continuado a sua reabilitação e tratamento interdisciplinar em uma instituição adequada", diz trecho do relatório.