Se existe hoje uma pessoa dentro do São Paulo FC mais por dentro das negociações e do futuro do clube, esta é Mara Carvalho, 53. A atriz namora o presidente do time, Julio Casares, e de uns tempos para cá começou a fazer, de forma criteriosa, o meio de campo entre a torcida tricolor e o mandatário.
Leia mais:
Guardiola se anima com o Brasil, e CBF prepara 'grande jogada', diz site
Zubeldía não conta com dupla gringa e São Paulo aguarda para definir futuro
Com mudança no calendário, Campeonato Paranaense deve ser antecipado
Finais da Taça FEL de futebol amador serão realizadas neste domingo em Londrina
"Torcedores, às vezes, pedem para eu contar coisas a ele, querem camiseta, ingresso para jogo, me colocam como uma linha de aceso e eu sempre passo tudo ao Julio, com exceção das críticas mais pesadas. Só transmito coisas boas", conta ao F5.
Além disso, diz ela, em várias ocasiões, fica por dentro das contratações mais secretas ou das saídas especuladas antes de todos. "Me considero uma são-paulina, acompanho todos os jogos e é uma energia que contamina. Não me posiciono no clube, mas às vezes ele [Julio] me fala quando um atleta vai sair ou sobre quem pode chegar, mas não dou palpites, só faço perguntas. Quando o último técnico caiu, ele já tinha me avisado", conta Mara, sobre a queda de Thiago Carpini do comando, em abril.
O amor pelo São Paulo veio do pai. Agora, acompanhando mais de perto, ela percebe o quão fervorosa pode ser a paixão do torcedor. "No Instagram você lê de tudo, elogios, críticas, gente invejosa, outros que amam incondicionalmente o São Paulo. Mas estou acostumada, só não imaginava ser algo tão forte."
Paralelo a tudo isso, Mara diz que procura deixar um pouco de lado a vida no esporte para ficar com sua família e o filho, o ator Bruno Fagundes, 35, fruto do antigo casamento com Antonio Fagundes, 75. A atriz conta que um dos momentos mais marcantes de sua vida como mãe foi quando ele resolveu se abrir e contou a ela que é gay.
"Como mãe você tem uma intuição, mas isso nunca foi foco para mim. Tanto faz a sexualidade dele, pois a palavra que me rege é respeito. Não faço julgamento de valores. Foi natural essa revelação. Ele ficou um pouco reprimido, não olhava nos meus olhos, parecia que fugia, e quando me falou, foi um alívio para nós dois", relembra.
"O que me importa é a pessoa ter caráter, ser educada. Nunca me incomodei com dois homens se beijando. O Bruno viu aquele dia que tinha mais uma aliada. Mas foi difícil para ele trabalhar como galã de novela, lidar com o preconceito. Hoje está melhor", completa.
MUSICAL SOBRE A SUSI
Fora a vida pessoal, a profissional também anda agitada. Mara prepara o roteiro de um musical sobre a boneca Susi, que por muitos anos foi rotulada como 'a rival brasileira' da Barbie. Nesse momento, ela conversa com alguns atores para conseguir estrear a produção em São Paulo após o Carnaval de 2025.
Mara conta que a Estrela, fabricante da Susi, a autorizou a usar o nome original. A peça se chamará "Susi: O Tempo Dispara". "A Susi é uma boneca brasileira que teve representatividade na época de lançamento, e traz com ela a diversidade, põe em pauta assuntos muito atuais. Nos anos 1960, veio com uma brasilidade de corpo mais parecido com o dos brasileiros. No espetáculo, quero falar da ditadura das redes onde você precisa ter estética para ser aceito".