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Aos 72 anos, Vanderlei Luxemburgo mostra dúvidas sobre o seu futuro no futebol.
Luxemburgo havia dito que não seria mais treinador, mas agora evita cravar essa posição. A única certeza é querer continuar no futebol.
Ao Charla Podcast, Luxa disse que seria dirigente, porém, não aceitaria ser técnico. Agora, o profissional mostrou incerteza.
Ele afirmou que sempre foi técnico e dirigente ao mesmo tempo e que era criticado por ser "coach".
O último trabalho do "Pofexô" foi o Corinthians, em 2023, como treinador. Recentemente, ele esteve perto de virar dirigente do Santos.
"Sempre fiz gestão, eu era chato para cacete. Sempre briguei por isso. Assim que eu queria. Falavam que eu queria dinheiro, mas com salário do treinador precisa fazer sacanagem? Só se for cabeçudo. Não sou contra treinador estrangeiro, pois fui estrangeiro no Real Madrid, mas todos que ocupam espaço de brasileiros são competentes? O do Botafogo é bom, Jorge Jesus é bom, Abel é bom, mas todos os 14 ou 15 são bons? Curso da CBF não é mais feito por brasileiro, é feito por portugueses, feito para fora. Formam para jogar no futebol europeu. A escola nossa virou a CBF fazendo para a cultura europeia. A CBF é a culpada. Espanha faz curso para a Espanha, Inglaterra faz para quem? Quem dá aula? Alguém de fora pode dar palestra, mas o curso é dado para eles. Sempre fui gestor, tenho algo dentro de mim e adoro futebol. Não sei o que vai acontecer", disse Luxemburgo, durante congresso em Santos.
"Somos cachorro vira-lata no Brasil. Tudo que vem de fora é bom. Falo de gestão há 500 anos, que treinador tem que ser head coach responsável pelo futebol e dizem que quero mandar e ganhar dinheiro. Treinador tem que ser o gestor realmente. Tiraram Zagallo, Telê, Minellie e colocaram diretor executivo. Jogaram treinador para baixo, depois veio gerente e vieram treinadores de fora. Eu que trabalhei com gestão a vida toda, trazendo dinheiro, estou fora do mercado porque querem que eu esteja fora. Porque há grandes negócios acima. Treinador precisa ser responsável pela gestão de equipe, performance de resultado. Aí está o grande problema. 'Meu nome é trabalho', 'Só me preocupo com o time'. Preocuparam tanto com o campo que acabou e só vem gente de fora. Os argentinos e portugueses são o que falavam que era minha patota. Trazem comissão e batem palma. Eu coloquei 15 na comissão da seleção e chamaram de patota, agora todos estão inseridos. O tempo é o senhor da razão."