Análise
As classificações de Botafogo e Atlético Mineiro definiram a 13ª final inédita consecutiva na Copa Libertadores. A competição não tem uma decisão repetida desde 2011, quando Santos e Peñarol reeditaram o confronto derradeiro da edição de 1962 –o time brasileiro venceu nas duas ocasiões.
O embate entre a formação carioca e a mineira será a primeira aparição do Botafogo na decisão do torneio. O clube havia parado nas fases semifinais em 1963 e em 1973, anos de suas melhores campanhas.
Em sua participação mais recente, em 2017, o time de General Severiano foi eliminado nas quartas de final. Três anos depois, em 2020, viveu um dos piores anos de sua história, com seu terceiro rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro. Mas reagiu.
O Atlético Mineiro, por sua vez, está de volta à fase decisiva 11 anos depois de chegar à final pela primeira vez. Campeão em 2013, com vitória sobre Olimpia, do Paraguai, o clube sonha com o bicampeonato continental.
A equipe mineira tem disputado o torneio de forma consecutiva desde 2021, quando avançou até a fase de semifinal. Nas duas edições mais recentes, em 2022 e 2023, parou nas quartas de final.
Para formar essa final inédita, Atlético Mineiro e Botafogo tiveram duros caminho no mata-mata, desde as oitavas de final. Cada um eliminou três campeões continentais. O time mineiro superou San Lorenzo, Fluminense e River Plate; a equipe carioca derrotou Palmeiras, São Paulo e Peñarol.
"O objetivo principal foi completamente atingido, que era chegar à final, um marco histórico", festejou o técnico do Botafogo, Artur Jorge. "É um grupo de atletas que vai ficar na história do clube."
O técnico do Atlético Mineiro, Diego Milito, também valorizou seu plantel após a classificação. "Eu tenho a grande vantagem de contar com bons jogadores, e isso faz com que a minha tarefa seja mais simples. São bons jogadores, jogadores que têm vontade de ganhar, que compreendem como tem que competir. No final, vamos construindo isso, que não é fácil", afirmou.
A decisão está marcada para o dia 30 de novembro, no estádio Monumental de Núñez, casa do River Plate, em Buenos Aires, na Argentina.
Será na Argentina que o Brasil vai encostar de vez nos argentinos no ranking de maiores vencedores da Libertadores. Os argentinos têm 25 troféus, conquistados por oito clubes, e os brasileiros vão confirmar a 24ª taça –caso o Atlético Mineiro conquiste o título, o país vai se manter com 11 campeões diferentes; já o Botafogo tenta ser o 12º clube no grupo.
A diferença caiu nos últimos anos pelo domínio do Brasil na Libertadores. Há desde 2019 ao menos um clube do país na final. Os dois eram brasileiros em 2020, 2021 e 2022, como será em 2024.
Em 2020, o Palmeiras venceu o Santos. Em 2021, o time alviverde foi novamente campeão, em cima do Flamengo. Em 2022, o rubro-negro carioca superou o Athletico Paranaense.
O confronto entre Atlético Mineiro e Botafogo será o sexto apenas com equipes do Brasil. O primeiro foi em 2005, quando o São Paulo venceu o Athletico. No ano seguinte, o Internacional superou o time tricolor.
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