As fortes entrevistas do goleiro Cássio surpreenderam o Corinthians após a derrota por 1 a 0 para o Argentinos Juniors, pela Sul-Americana.
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O Corinthians não esperava pela explosão do seu capitão. O goleiro é geralmente comedido nas palavras e tenta apaziguar os ânimos.
O desabafo ocorreu após mais uma falha, admitida pelo próprio atleta. Cássio revelou ajuda psicológica e psiquiátrica para lidar com o momento ruim.
A fúria contrapõe entrevistas recentes, diminuindo as críticas e até elogiando o presidente Augusto Melo e o técnico António Oliveira.
Quem convive com Cássio se surpreendeu. O entendimento é que o ídolo cansou de dar as caras nas derrotas e fez uma espécie de pedido de socorro.
Cássio reconhece os erros, mas se sente perseguido. A percepção que ele sempre será o culpado o faz repensar o futuro.
O jogador de 36 anos pensava em renovar e iniciou a negociação, mas agora não sabe mais o que fazer. O reserva Carlos Miguel está de sobreaviso.
A diretoria do Corinthians tentará acalmar os ânimos nos próximos dias. A ideia de perder o "escudo" de Cássio deixa a cúpula apreensiva diante de outros problemas extracampo, como o racha entre o presidente Augusto Melo e o diretor Rubão.
A pressão sobre o técnico António Oliveira também aumentou. Oficialmente, a direção diz que o português está prestigiado, porém, nos bastidores existe um incômodo com a falta de evolução da equipe após a saída do técnico Mano Menezes.
Diante desse contexto, a partida contra o Fluminense no domingo, na Neo Química Arena, se torna crucial. Com ou sem Cássio, o Corinthians precisa de uma vitória para espantar a crise.