Além de prestar apoio à Gaviões da Fiel durante o processo de criação da vaquinha para quitar a dívida com a Caixa, o Corinthians também comanda uma "caça" a sites fraudulentos. Até o momento, o departamento de Tecnologia da Informação, chamado IPTEC, identificou 379 sites falsos e tirou do ar outros 278.
O QUE ACONTECEU
Desde que membros do Fiel Torcedor começaram a ser alvos de fraude, o Corinthians vem unindo forças com uma empresa de tecnologia para combater os cibercrimes. O clube fechou parceria por permuta com a Dfense, empresa de segurança digital, para "contra-atacar". O trabalho do IPTEC é constante no monitoramento de palavras-chave e identificação de hackers.
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"Desde o início do ano notamos que muitos sites fakes são colocados no ar semanalmente, muito parecidos com o nosso programa do Fiel Torcedor, justamente com o intuito de enganar o nosso sócio, para que ele forneça o usuário e senha num site que ele acha que é do Fiel Torcedor e na verdade não é. A parceria [com a Dfense] começou depois do jogo contra o Flamengo [pela Copa do Brasil], e a gente conseguiu um resultado muito interessante. A gente zerou essa questão de sites fakes", disse Marcelo Munhoes, diretor de tecnologia do Corinthians, ao UOL.
Por conta do histórico, o Corinthians passou a incluir a campanha "Doe Arena" em sua ronda antes mesmo do lançamento. Muitos sites falsos foram criados antes da oficialização do projeto entre Gaviões, Caixa e Corinthians. Observando a movimentação com preocupação, a equipe de tecnologia do clube tomou a iniciativa de apoiar a torcida organizada.
"Nós, de forma proativa, começamos a monitorar as palavras-chave em relação ao Corinthians. O nosso robô identificou problemas. Então, logo antes até de ser lançada a campanha, a gente já viu que estava acontecendo isso", disse Marcelo Munhoes.
A antecipação da equipe de tecnologia permitiu que torcedores não fossem vítimas de golpes. Só nas primeiras 24 horas da campanha, cerca de 36 sites foram derrubados por serem fraudulentos. Desde então, os números continuaram crescendo.
"Nós temos pessoas e ferramentas que vão monitorando. O primeiro passo é a gente monitorar o domínio registrado, o domínio suspeito. Mas, nesses casos, o site ainda não tem nada, está vazio. Então, a gente fica monitorando esse site. A ferramenta vai posicionando, e as pessoas também vão acompanhando. Assim que o site entra no ar, e a gente vê que tem a cara do site oficial, que o intuito é de fato de cometer alguma fraude, nosso time imediatamente entra em contato com a empresa para realizamos as ações necessárias a fim de derrubar aquele site", disse Marcelo Munhoes.