A França sofreu diante do Brasil, mas confirmou seu favoritismo em Le Havre, diante de 23.965 torcedores, a lotação máxima do estádio, pelas oitavas de final do Mundial Feminino, e avançou na competição. O triunfo por 2 a 1 na prorrogação garantiu a equipe anfitriã nas quartas de final, à espera do vencedor do duelo entre Estados Unidos e Espanha, que se enfrentarão nesta segunda-feira.
O resultado manteve o tabu de o Brasil nunca ter vencido a França no feminino. Em nove partidas na história, foram cinco empates e quatro derrotas. O primeiro confronto ocorreu em 2003, na Copa do Mundo, quando houve empate por 1 a 1. No ano passado, em amistoso, a França havia ganhado por 3 a 1. Agora veio mais uma derrota.
O técnico Vadão contou com o retorno da experiente volante Formiga para a partida. E se na teoria a França era favorita, pela campanha que tinha feito na fase de grupos, com três triunfos, e por contar com o apoio dos torcedores em casa, na prática o Brasil equilibrou o duelo com uma boa disposição tática, bom toque de bola e muita atenção nas jogadas aéreas, ponto forte das adversárias.
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A primeira chance mais clara de gol veio com Marta, que passou por duas defensores e chutou, mas a bola saiu fraca e acabou indo para fora. Pouco depois, Debinha também insistiu na jogada individual, deu um bom drible e chutou, mas a bola desviou na marcação e saiu pelo escanteio.
Na metade do primeiro tempo, o VAR entrou em ação pela primeira vez. Diani fez bela jogada, passou por Tamires e cruzou. A goleira Bárbara saiu para pegar a bola, não conseguiu e trombou com Gauvin. A bola tocou na francesa e acabou entrando no gol. Mas com o auxílio da tecnologia, após rever a imagem por vários ângulos durante quatro minutos, o gol foi anulado.
Desde então, a torcida francesa passou a vaiar a goleira Bárbara toda vez que ela tocava na bola. A pressão fora de campo era grande, mas também pesava sobre as jogadoras da casa, que não conseguiam ter o controle do duelo, com muitos dis seus destaques não rendendo bem. A marcação brasileira também estava ajustada.
Com mais posse de bola, o Brasil tentava atacar e quase abriu o marcador em uma bola que sobrou para a artilheira Cristiane. Ela recebeu a bola pela esquerda, sozinha, invadiu a área e bateu cruzado, mas a goleira Bouhaddi espalmou para fora. E antes do intervalo, a França teve ótima chance com Majri, que recebeu livre na entrada da área, mas chutou por cima do gol.
No segundo tempo, a França chegou rapidamente ao seu gol numa jogada pela direita com a rápida Diani. Ela ganhou de Tamires e cruzou para Gauvin, que mandou para o gol, aproveitando a desatenção da marcação brasileira. A resposta veio em pouco tempo, com Cristiane cabeceando com perigo. A goleira Bouhaddi tocou na bola, que ainda bateu no travessão e não entrou.
Em desvantagem, o Brasil foi para cima e, aos 19, em uma bela jogada de toque de bola, a seleção empatou o duelo. Debinha avançou pela esquerda e cruzou. A defesa francesa tirou, mas a bola sobrou para Thaisa, que mandou no canto. A auxiliar marcou impedimento, mas após revisão no VAR, o gol foi confirmado.
O confronto ficou aberto, com chances dos dois lados e o cansaço começando a aparecer nas equipes. Debinha teve boa chance, chutou, mas a goleira rival segurou. Tamires fez um gol aos 41, mas a arbitragem marcou corretamente impedimento. As duas equipes ainda fizeram suas alterações e o jogo foi para a prorrogação.
Logo no início, a atacante Cristiane sofreu uma lesão muscular ao chutar a bola e teve de sair de campo. Com isso, a França melhorou e pressionou um pouco, mas a zaga brasileira manteve sua atenção principalmente no jogo aéreo. E quando sobrava alguma bola, a goleira Bárbara estava atenta para defender.
No segundo tempo da prorrogação, a principal arma da França acabou dando certo logo aos dois minutos. Majri cobrou falta da direita e Henry apareceu na pequena área, tocando para o gol. A partir daí, o Brasil pressionou, mas a seleção da casa soube se defender e garantiu a classificação.