A Fifa anunciou na sexta-feira (13) os países que serão candidatos a receber o Mundial Feminino de 2023. O Brasil se manteve na disputa e terá a concorrência de Colômbia, Japão e de Austrália e Nova Zelândia, estes dois últimos que uniram suas candidaturas.
O prazo para enviar à Fifa o livro da candidatura, o compromisso para ser organizador e os documentos exigidos para se converter em anfitrião da competição se encerrou nesta sexta-feira, e a entidade máxima do futebol mundial apresentou as quatro candidaturas, revelando que Argentina, África do Sul e Coreia do Sul, em conjunto com a Coreia do Norte, desistiram. Todo o material foi publicado no site oficial do órgão.
Agora, os países serão submetidos a um processo de avaliação, incluindo visitas de equipes de inspeção às federações que devem ocorrer entre janeiro e fevereiro de 2020. Uma vez finalizado este processo, o anfitrião será anunciado em junho do próximo ano, durante o congresso anual da entidade em Addis Ababa, na Etiópia.
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"A (Copa) da França em 2019 foi certamente um momento decisivo para o futebol feminino, e agora é responsabilidade da Fifa tomar medidas concretas para continuar promovendo o incrível crescimento do jogo. Com a Copa do Mundo Feminina gerando um interesse sem precedentes entre as federações, estamos garantindo que o processo de seleção dos anfitriões seja contínuo, objetivo, ético e transparente. Quando o Conselho da FIFA anunciar os anfitriões, não deve haver dúvida alguma sobre o motivo dessa escolha", afirmou o presidente da Fifa, Gianni Infantino.
A edição de 2023 do Mundial Feminino será a primeira a contar com 32 equipes, o mesmo número de seleções da Copa Masculina.
Candidatura brasileira
A CBF crê que está forte na disputa para que o Brasil seja sede do Mundial. A entidade que rege o futebol brasileiro apresentou em seu livro enviado à Fifa motivos para convencer a entidade de que está apta a receber o evento.
"A Fifa já demonstrou que confia na nossa capacidade de realizar eventos deste porte. Eu tenho repetido que a partir de agora a CBF será candidata a receber todas as grandes competições do futebol mundial, pois temos experiência e equipamentos comprovadamente de excelência. Sabemos que temos fortes concorrentes, mas acreditamos na possibilidade de termos mais uma Copa do Mundo no Brasil", avaliou o presidente da CBF, Rogério Caboclo.
Na carta que abre o livro e está assinada por Caboclo, a CBF destaca o desenvolvimento do futebol feminino no Brasil, ressaltando a contratação de treinadoras para os times de base, a chegada da técnica sueca bicampeã olímpica Pia Sundhage para comandar a seleção principal e a criação de um calendário exclusivo para a modalidade a partir de 2020, com cinco competições nacionais. Além disso, também salienta o fato de o País ter sido sede de grandes eventos recentemente, como a Copa do Mundo Masculina, em 2014, e a Olimpíada, em 2016.
A CBF apresentou oito cidades como sedes: Belo Horizonte (Mineirão), Brasília (Mané Garrincha), Manaus (Arena da Amazônia), Porto Alegre (Beira-Rio), Recife (Arena de Pernambuco), Rio de Janeiro (Maracanã), Salvador (Fonte Nova) e São Paulo (Arena Corinthians), com o Maracanã sendo palco da grande final. A entidade sugere que o torneio seja realizado de 13 de julho a 13 de agosto de 2023.
Eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo pela Fifa, Marta aparece em destaque no documento. A imagem forte e vitoriosa dela é usada pela CBF como um ponto importante para que o Brasil vença a disputa.
"Estamos passando por um momento muito especial no Brasil com o futebol feminino. Obviamente a Copa do Mundo na França e toda o visibilidade que tivemos contribuiu muito para que os brasileiros possam acordar sobre o futebol feminino e ver o esporte sob uma luz melhor e mais atenta", disse no texto.