O Choque-Rei que definiu o Palmeiras como finalista do Paulista na última segunda-feira teve três capítulos polêmicos, o último ainda em debate mesmo com o fim do jogo.
POLÊMICAS DO CHOQUE-REI
A data do jogo foi a primeira polêmica. O Palmeiras avançou à semifinal no sábado (1°), e o São Paulo na segunda-feira (3). Na terça-feira (4), a FPF definiu que o clássico seria disputado nesta segunda-feira (10). A decisão não agradou o Tricolor, visitante da partida, por ser fora do final de semana -o Allianz Parque recebeu um show da banda The Offspring no sábado e pôde contar com capacidade máxima no jogo decisivo na segunda.
O São Paulo não participou do Conselho Técnico da FPF. O clube afirmou que a entidade já havia definido previamente com o Palmeiras a realização do Choque-Rei na segunda.
O São Paulo Futebol Clube entende que partidas nobres e decisivas, como as semifinais do Campeonato Paulista, devem ser disputadas nos sábados e domingos. Como a FPF já havia previamente definido que o jogo do São Paulo Futebol Clube com o Palmeiras será realizado na segunda-feira, dia 10, os dirigentes não vão participar do Conselho Técnico da entidade nesta manhã. Tal fato causa perplexidade, uma vez que as quatro agremiações de maior torcida vão disputar esta fase, nenhuma partida será realizada no sábado e tal decisão tenha sido tomada anteriormente. São Paulo, em nota oficial
A segunda polêmica foi causada pela bandeirinha de escanteio. Tudo começou quando Baby, presidente da Independente, principal organizada do São Paulo, disse que iria "liberar o chope" se o Tricolor eliminasse o Palmeiras com Luciano chutando a bandeirinha do Allianz.
Marcelo Lima, presidente da TUP, organizada do Palmeiras, respondeu. Ele afirmou que haveria invasão de campo caso houvesse chute na bandeirinha. Baby compartilhou foto de Luciano chutando o objeto no Allianz em 2024 e devolveu: "Já chutou uma vez e vai chutar de novo".
Marcelo Lima foi proibido de comparecer em jogos do Palmeiras. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que determinou, após pedido feito pela Polícia Civil, que Marcelo se apresente ao 2º Batalhão de Choque nos mesmos dias e horários de jogos do Palmeiras. A ordem é válida até o julgamento final da ação.
A terceira -e mais recente polêmica- aconteceu durante o jogo e segue em debate mesmo depois da partida. O árbitro Flávio Rodrigues de Souza marcou pênalti de Arboleda em Vitor Roque ainda no primeiro tempo. Raphael Veiga converteu e marcou o gol da vitória palmeirense.
O São Paulo ficou na bronca com o árbitro. O técnico Luis Zubeldía definiu o lance como "uma vergonha", o presidente Júlio Casares questionou onde estava o VAR, e Carlos Belmonte, diretor de futebol, citou até os jurados do Carnaval.
Sinceramente, tenho dúvida se o VAR estava aí. O lance é absurdo. Parece jurado de escola de samba, que se distrai e dá uma nota qualquer. Carlos Belmonte, na zona mista
PALMEIRAS SEGUE, E SÃO PAULO DÁ ADEUS
O Palmeiras vai encarar o Corinthians na final do Campeonato Paulista. As equipes voltam a se enfrentar na decisão após cinco anos. Em 2021, o Verdão levou a melhor nos pênaltis.
A FPF ainda definirá as datas e horários dos dois jogos da final. O Palmeiras será o mandante na primeira partida, e o Corinthians fará o segundo duelo em casa.
O São Paulo passa a focar no Brasileiro. A equipe estreia na competição no dia 30 de março, quando recebe o Sport, às 16h (de Brasília).

Com pênalti polêmico, Palmeiras vence o São Paulo e encara o Corinthians na final
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