Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
'Recomeçar do zero'

CBF repete com Fluminense e Diniz o que já fez com Corinthians e Luxemburgo

Folhapress
06 jul 2023 às 16:05
- Rodrigo Ferreira/CBF
Publicidade
Publicidade

Corta para o vestiário da seleção brasileira em 1998. Zagallo, que comandou o elenco na Copa do Mundo daquele ano e chegou ao vice-campeonato, havia sido demitido. O Brasil precisava recomeçar um trabalho do zero para dar potência a um elenco repleto de talentos.


Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade

Foram mais de dois meses à procura de um nome para suceder o treinador. A CBF, presidida por Ricardo Teixeira, chegou ao nome de Vanderlei Luxemburgo, que comandava o Corinthians numa campanha vitoriosa no Campeonato Brasileiro. O contato com o técnico, para que terminasse na polêmica contratação, teve uma condição: ele abandonaria o Corinthians.

Leia mais:

Imagem de destaque
Insatisfeito

Corinthians temeu saída e segurou Garro com reforços e aumento salarial

Imagem de destaque
Saiba mais

Champions estreia com 'cara de liga' e mais times

Imagem de destaque
Entenda

Denúncia contra árbitro abre brecha para anulação de Fluminense x São Paulo

Imagem de destaque
Do Santos

Goleiro é expulso após chamar árbitro de 'maconheiro' em jogo pela Série B


Funcionou, com ressalvas. Se dividindo entre seleção brasileira e Corinthians, Luxemburgo conquistou o Brasileiro com o time paulista. A primeira fase foi concluída pelo Corinthians com a melhor campanha, mas a segunda fase foi mais equilibrada. O Cruzeiro foi o adversário final, e Luxemburgo estava presente. Foram dois jogos que terminaram empatados -2 a  2 e 1 a 1-, e a decisão ficou para um jogo extra, vencido por 2 a 0 pelo Corinthians.

Publicidade


Mas o resultado não poupou o treinador das críticas vindas de ambos os lados. Luxemburgo se dividia, num período que o fez perder nove quilos e sentir o acúmulo de funções. O Corinthians foi eliminado na Copa Mercosul, a seleção ia bem. Luxa vivia, ainda, na corda bamba sobre suas convocações - e o quanto elas conflitavam com os interesses envolvendo jogadores corintianos.


O Corinthians estava insatisfeito, e a relação com o treinador, abalada. As partes romperam mesmo com a taça e, em 1999, Luxa viveu apenas o ambiente da seleção. o clube, por sua vez, efetivou Oswaldo de Oliveira.

Publicidade


Futuro de Diniz é ser Luxemburgo?


Há semelhanças na contratação temporária de Fernando Diniz, num acordo feito com o Fluminense, para o comando do Brasil até a chegada de Carlo Ancelotti. Mas Luxa não foi contratado para ser interino. Diniz sabe que colherá (ou não) frutos dessa decisão futuramente, após a era Ancelotti, que ainda nem começou.

Publicidade

Em entrevista coletiva concedida na quarta-feira (5), o presidente do Fluminense, Mario Bittencourt, colocou panos quentes sobre as críticas e citou Luxemburgo como um exemplo positivo.


"A seleção ganhou a Copa América e o Corinthians, o Brasileiro. Não é justificativa, mas um exemplo de que não vamos prejudicar o Fluminense", disse.

Publicidade


"Não vejo conflito de interesses. Temos, no Fluminense, profissionais convocados frequentemente para a seleção. Quando o Fernando estiver em data Fifa, o auxiliar técnico Eduardo Barros comandará os treinos", completou.


Outra mudança positiva para a decisão de Diniz: em datas-Fifa, jogos são suspensos. O técnico não estará ausente em partidas do Fluminense por estar comandando a seleção.

Publicidade


Diniz estreia no comando do Brasil em setembro, quando começam os jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O contrato dura um ano, e o técnico deve comandar o elenco também na Copa América, em 2024. A CBF sonha com Diniz e o italiano juntos na competição.


Durante a entrevista coletiva de apresentação de Diniz, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, contou que conversou com Mario Bittencourt antes de qualquer contato com Diniz:

Publicidade


"Os tempos em que ética e caráter não eram prioridades na CBF acabaram. Respeito a opinião de todos, mas a escolha do Diniz é baseada na carreira de um dos treinadores que mais admiro, pelo estilo de jogo, por como enxerga o futebol e pela ética".


Diniz se negou a falar sobre Carlo Ancelotti, e explicou que seu objetivo é preparar os jogadores para seu melhor rendimento durante o tempo em que estiver no comando:


"Me sinto honrado e alegre. Fiz questão de encontrar o Ednaldo, para que ele me conhecesse e entendesse se é de fato meu nome que ele quer. Todo o processo foi bastante respeitoso. Nesse momento, eu jamais deixaria o Fluminense para focar só na seleção. É um sonho [ser técnico da seleção], mas se esse fosse o esquema, teria de adiar esse sonho."


Luxemburgo segurou ambos os cargos por um ano. Foi demitido do Corinthians em 1999 e da seleção, em 2000. Voltou ao Timão, entretanto, no ano seguinte. Diniz não sabe quais águas vão rolar, mas afirma que se precisasse deixar o Flu para assumir a seleção, adiaria o sonho.

Publicidade
Publicidade

Continue lendo

Últimas notícias

Publicidade