No último amistoso antes de sua estreia na Copa América, a seleção brasileira apenas empatou com os Estados Unidos, anfitriões da competição, nesta quarta-feira (12), por 1 a 1.
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No estádio Camping World Stadium, em Orlando, na Flórida, o público de pouco mais de 60 mil pessoas, a maioria com camisas amarelas, viu gols somente no primeiro tempo, dos dois camisas 10 em campo. Do lado brasileiro, Rodrygo abriu o marcador. Do lado norte-americano, Pulisic deixou tudo igual.
Depois de poupar os principais jogadores do Brasil no amistoso contra o México, Dorival Júnior voltou a escalar o que considera sua seleção ideal. A formação ainda não conta com Endrick como titular. Apesar de, mais uma vez, ter aproveitado bem o pouco tempo que teve na última partida, decretando a vitória da seleção brasileira contra os mexicanos, por 3 a 2, ele iniciou o jogo com os EUA na reserva.
Antes da partida, Dorival justificou sua decisão sobre o ex-palmeirense alegando que é preciso ter certo cuidado com ele para não pular etapas. "Erro pode ser fatal", argumentou.
Foi do banco que o jovem de 17 anos viu todo o primeiro tempo, em que as duas seleções construíram boas chances, com um volume maior do time canarinho, mas que não se refletiu no placar, que terminou empatado: 1 a 1.
Até os 20 minutos, só o Brasil havia levado perigo, principalmente com boas chegadas de Vinicius Junior do lado esquerdo. Quem abriu o placar, contudo, foi seu companheiro de Real Madrid, Rodrygo, aproveitando uma saída errada dos americanos aos 17 minutos.
Depois, os anfitriões também aproveitaram um vacilo, desta vez, do goleiro Alisson, que aceitou um chute defensável, rasteiro de Pulisic, em cobrança de falta, aos 26, quando os donos da casa empataram.
A segunda etapa teve um começo bem menos agitado do que os 45 minutos iniciais. Até os 20 minutos, o lance mais importante foi protagonizado pelo árbitro, que chamado pelo VAR (árbitro de vídeo) para rever um cartão amarelo e, possivelmente, expulsar um americano, acabou anulando uma falta para o Brasil na entrada da área. Rodrygo havia sofrido a infração, ao driblar Richards, como último homem da defesa.
Com a queda na produtividade ofensiva, Dorival enfim fez mudanças no time e colocou Endrick na partida, para formar o trio de ataque com Rodrygo e Vinicius Jr.
O trio jogou pouco mais de 20 minutos, até Rodrygo deixar o gramado. Apesar de uma leve melhora, eles não conseguiram furar a defesa dos EUA, que passou boa parte do segundo tempo se fechando atrás.
A proposta dos anfitriões era favorecida pelas dimensões do gramado, menores do que habitualmente são usados nos campos pelo mundo.
Tradicionalmente usado para partidas de futebol americano, o Camping World Stadium tem um campo de 100 metros de comprimento por 64 metros de largura, o que representa 740m² a menos do que o padrão em torneios de elite. Em geral, as medidas utilizadas ao redor do mundo são de 105 metros por 68 metros.
Essas mesmas medidas também serão usadas em todos os estádios que serão palco da Copa América, quando Brasil e EUA só poderão se encontrar em um possível cruzamento nas quartas de final.
Os brasileiros estão no Grupo D, ao lado de Colômbia, Paraguai e Costa Rica, adversária do jogo de estreia, no dia 24, uma segunda-feira, às 22h (de Brasília).
Os donos da casa, que jogaram nesta quarta com as cores do arco-íris nos números das camisas devido ao mês do orgulho LGBTQ+, estão na Chave C, junto com Panamá, Uruguai e Bolívia. O empate com o Brasil neste amistoso pode ser considerado um bom presságio para os americanos. Foi o primeiro no histórico do duelo.
Ao todo, são 21 partidas, com 19 vitórias do Brasil, uma dos EUA, em 1998, pela Copa Ouro, e agora o primeiro confronto sem um vencedor.