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Relembre o caso

Izquierdo morre 20 anos após Serginho, que também passou mal no Morumbis

UOL/Folhapress
28 ago 2024 às 08:50

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- Reprodução/Instagram
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A morte de Izquierdo, jogador de 27 anos do Nacional-URU, acontece 20 anos após a perda do zagueiro Serginho, então jogador do São Caetano, que sofreu uma parada cardiorrespiratória durante uma partida. Ambos os casos aconteceram no MorumBis e em jogos contra o São Paulo.

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Izquierdo sofreu uma arritmia seguida de parada cardíaca na última quinta-feira (22) e não resistiu. O jogador estava internado na UTI no Hospital Israelita Albert Einstein.

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O zagueiro caiu sozinho no gramado do MorumBis durante o jogo contra o São Paulo, pela Libertadores e precisou ser reanimado mais tarde. Ele foi atendido por médicos dos dois times no gramado e deixou o estádio de ambulância. O atleta chegou ao hospital em parada cardíaca, e manobras de ressuscitação foram feitas. Um desfibrilador também foi usado.


O quadro do jogador piorou no último domingo, com "progressão do comprometimento cerebral e aumento da pressão intracraniana". Ele passou por cuidados intensivos neurológicos e estava respirando por meio de ventilação mecânica.

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Já Serginho morreu em 2004 após cair no gramado desacordado por conta de uma parada cardiorrespiratória. Ele foi retirado de campo às pressas por uma ambulância e teve morte confirmada horas depois, quando já estava no Hospital São Luiz.


O zagueiro teve uma leve arritmia detectada em um exame no Incor (Instituto do Coração) oito meses antes de sua morte. Segundo Paulo Donizetti Forte, médico do São Caetano na época, a condição do jogador não apresentava riscos ou impedia o atleta de entrar em campo.

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Um prontuário médico, no entanto, destacava o "risco de morte súbita" e que Serginho tinha um problema grave no coração. O documento foi assinado pelo médico Edimar Alcides Bocchi, então diretor da unidade clínica de insuficiência cardíaca do Incor. O médico, porém, voltou atrás e afirma que a morte do jogador foi uma "fatalidade".


Nairo Ferreira de Souza, presidente do São Caetano, e Paulo Forte foram denunciados pelo promotor Rogério Zagallo. Inicialmente, por dolo eventual. No ano seguinte, o caso foi classificado como homicídio culposo, sem intenção de matar. Em 2013, porém, ele foi arquivado.

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Pelo episódio, o São Caetano perdeu 24 pontos no Brasileirão e só não foi rebaixado porque havia feito uma boa campanha -tinha 77 pontos, em quinto lugar, antes da punição, e terminou na 18ª posição. Naquela temporada [2004], o campeonato foi disputado por 24 clubes.


O presidente e o médico do clube também foram punidos. Nairo teria de ficar afastado das suas funções por dois anos. Paulo, por quatro. As penas, entretanto, foram reduzidas à metade meses depois.


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