A Fifa decidiu implementar nos Jogos Olímpicos de Paris a regra de que somente os capitães das seleções podem se aproximar da arbitragem durante decisões importantes em partidas. A recomendação desse procedimento é incentivada mundialmente pela entidade.
A ideia é prevenir que muitos jogadores cerquem ou rodeiem o árbitro. Somente um jogador de cada equipe poderá falar com a arbitragem nesse momento e o árbitro pode instruir, verbalmente ou com gestos, que outros jogadores continuem afastados -caso ainda assim se aproximem, serão punidos com cartão amarelo.
Havendo a necessidade, o árbitro pode decidir atrasar o reinício da partida para permitir que os capitães comuniquem às suas equipes a decisão e exigir um comportamento adequado. Eles também são responsáveis por ajudar a direcionar os companheiros para longe do juiz.
Se o capitão do time for um goleiro, a equipe deve informar ao árbitro um jogador para representá-lo nessa conversa. Somente um deles poderá se aproximar.
"Sem árbitros, não há futebol. Proteger os oficiais de partida e garantir que sejam tratados com respeito é fundamental para o futuro do jogo. Implementar medidas como a de 'apenas capitães' é crucial para manter o espírito do futebol e proteger aqueles que defendem suas leis", explicou o presidente da entidade, Gianni Infantino.
O presidente do Comitê de Árbitros da FIFA, Pierluigi Collina, também elogiou a iniciativa: "Este é um passo importante baseado na ideia abrangente de aumentar ainda mais a justiça e o respeito no futebol, ao mesmo tempo em que permite um canal aberto de diálogo entre o árbitro e as equipes. Como vimos no passado, medidas que defendem o futebol acabam sendo aceitas."
O futebol masculino começa nas Olimpíadas de Paris nesta quarta-feira (24), enquanto o feminino tem início nesta quinta-feira (25).