Nesta sexta-feira (5), às 10h, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) vai analisar uma denúncia apresentada pelo Guarani referente à partida contra o Anápolis, válida pela 13ª rodada da Série C. O clube campineiro alega ter sido prejudicado porque o adversário chegou a atuar com 12 jogadores em campo em um momento do jogo. O julgamento pode paralisar a competição um dia antes do início dos quadrangulares do acesso, nos quais o Bugre está envolvido.
A ação foi protocolada pelo Guarani em 23 de julho de 2025, dois dias após a derrota por 2 a 0 para o Anápolis, no estádio Jonas Duarte. O pedido é de impugnação da partida por erro de direito. Imagens mostram que, durante uma falha da arbitragem no processo de substituição, o time goiano permaneceu com 12 atletas. O jogador que já deveria ter deixado o campo participou de um escanteio e chegou a tocar na bola em disputa.
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CSA entrou no processo
Com o encerramento da primeira fase da Série C, o CSA entrou no processo como parte interessada. O clube alagoano terminou em 17º lugar, com 22 pontos, e foi rebaixado para a Série D. O Anápolis, que ficou em 15º com 23 pontos, está diretamente envolvido no caso. Caso o STJD acate a denúncia do Guarani, a partida terá de ser realizada novamente. Se o Anápolis não vencer, cairá para a Série D, e o CSA permanecerá na Série C.
O advogado londrinense Osvaldo Sestário representa o CSA no julgamento. Em entrevista à Paiquerê 91,7, ele destacou a complexidade da situação. “O problema está no timing do processo. Essa questão poderia ter sido julgada antes, mas só agora foi pautada. O CSA entra como terceiro interessado porque terminou em 17º lugar e tem relação direta com o possível desfecho. O cenário é difícil”, afirmou.
Não há possibilidade de o Guarani herdar pontos. O pedido é estritamente pela anulação do jogo. “Caso o tribunal aceite a tese, o jogo terá de ser refeito. Houve, de fato, a participação de 12 jogadores do Anápolis, algo proibido pelas regras, com imagens comprovando o ocorrido. Esse erro passou despercebido pela arbitragem. O grande problema é o impacto que uma decisão favorável pode gerar, alterando não apenas a zona de rebaixamento, mas também a disputa do G-8”, explicou Sestário.
Denúncia semelhante
Na história recente do tribunal, apenas uma partida foi remarcada após uma denúncia de natureza semelhante. Em 2019, o duelo entre Aparecidense e Ponte Preta, pela Copa do Brasil, foi disputada mais uma vez após o time de Campinas alegar interferência externa em um gol anulado na derrota por 1 a 0, o que foi aceito pelo STJD e gerou a decisão favorável naquela oportunidade.
Para o caso da Série C, entre as principais hipóteses do julgamento está a punição apenas à arbitragem comandada por Marcello Rudá Neves (DF), sem reflexos esportivos para a tabela.
O quadrangular do acesso da Série C começa já neste sábado (6) e o primeiro jogo é justamente do Guarani, que recebe a rival Ponte Preta, às 17h, no Brinco de Ouro da Princesa. Ainda neste sábado, o LEC encara o São Bernardo, no estádio 1º de Maio, às 19h30.
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