O Londrina espera por uma proposta, no mínimo, razoável ano que vem para voltar a discutir a transformação do clube em uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Segundo o novo presidente do LEC, que tomou posse na semana passada, as ofertas que chegaram ao longo de 2022 não agradaram. “Sempre aparece uma ou outra proposta. Analisamos e na maioria das vezes são valores que não são interessantes para o Londrina. Se aparecer alguma proposta vantajosa iremos discutir”, afirmou Getúlio Castilho.
Em junho, uma assembleia geral do Tubarão aprovou por ampla maioria a mudança no estatuto do clube, abrindo a possibilidade de virar uma Sociedade Anônima do Futebol. Neste ano, o Conselho de Representantes também validou um estudo que foi contratado e calculou que a marca Londrina vale cerca de R$ 35 milhões, sem contabilizar o patrimônio e os jogadores, já que os atletas pertencem a Sergio Malucelli, o gestor.
Castilho defendeu a possibilidade do LEC se tornar um clube-empresa. “Hoje, o futebol depende muito de investimento. Se tivesse o investimento na cidade seria interessante, mas atualmente não conseguimos o dinheiro necessário para o futebol. Só ver a situação que temos. O pessoal reclama de salário e a parte econômica do País também está difícil. A SAF seria interessante desde que seja bom para o Londrina”, ressaltou.
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Avaliação
Jogadores que fizeram história no Alviceleste e que continuam acompanhando o dia a dia do time acreditam que a SAF poderá dar novo status ao Londrina. “O mundo e o futebol evoluíram. Se for melhor para o Londrina estou de acordo, porque o poder público hoje em dia não pode ajudar. Na minha época a prefeitura e a Sercomtel ajudavam, mas eram outros tempos”, pontuou o ex-zagueiro João Neves. “É uma opção que tem dado certo com outras equipes e pode ser um caminho para fazer o LEC chegar na Série A”, avaliou Mário Caetano Filho, o Marinho, ex-zagueiro.
Os atletas que já vestiram as cores do Tubarão no passado também fizeram ressalvas sobre a necessidade de haver investimentos e não só visar o lucro. “Depende de quem vai assumir (é bom). A SAF é no Brasil e no mundo inteiro. Tomara que venham pessoas que têm estrutura e com condição de fazer um trabalho administrativo, operacional e investir. Alguns põem milhões na frente para trazer resultados. Outros põem milhões para não trazer resultado nenhum. Esse é o perigo”, alertou o Bem-Amado, Carlos Alberto Garcia.