Um gol de Leckie aos 15min do segundo tempo garantiu a vitória da Austrália por 1 a 0 em cima da Dinamarca, no estádio Al Janoub, em Al Wakrah, e a classificação da seleção para as oitavas de final da Copa do Mundo do Qatar, ao passar em segundo lugar no Grupo D.
A Dinamarca, que era apontada como uma das favoritas à vaga na chave, ao lado da França, fica pelo caminho.
Esta é a segunda vez que a seleção australiana passa para as oitavas de final de um Mundial. A primeira foi em 2006, quando avançou em um grupo que tinha o Brasil, mas caiu nas oitavas diante da Itália, que acabou se tornando campeã.
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Agora, a Austrália espera o adversário, que vai sair do Grupo C, que tem Polônia, Argentina, Arábia Saudita e México brigando pela vaga.
Austrália e Dinamarca começaram o jogo com a seleção da Oceania em vantagem na busca pela classificação às oitavas de final. Podendo jogar pelo empate, contanto que a Tunísia não vencesse a França na outra partida do grupo, que estava sendo disputada no mesmo horário.
Para a Dinamarca, só interessava a vitória para poder continuar viva no Mundial. E, para isso, foi para o ataque desde o início, abrindo o jogo pelas laterais para tentar na bola área surpreender os australianos. Porém, a equipe vacilava nos passes.
Com mais volume de jogo, a Dinamarca mantinha a posse de bola, mas não conseguia furar a marcação da Austrália, que apostava nos contra-ataques para superar o rival. Mas esses contra-ataques não eram aproveitados com eficiência.
A primeira grande chance de gol da Dinamarca saiu aos 12min, quando Jensen recebeu na direita, dentro da área, dominou e bateu cruzado. O goleiro Ryan espalmou para escanteio.
A resposta da Austrália veio aos 18min, com Godwin, mas a defesa dinamarquesa bloqueou o chute, facilitando a vida do goleiro Schmeichel.
E a toada foi essa em todo o primeiro tempo: a Dinamarca apertava, mas não caprichava na finalização. A Austrália contra-atacava, mas sem levar perigo ao goleiro dinamarquês. Foram cinco finalizações da Dinamarca e três da Austrália, mas nada espetacular. Mas como a Tunísia não saía do empate com a França na outra partida, os australianos iam para o vestiário mais tranquilos com o 0 a 0.
No segundo tempo, o técnico James Arnold voltou com o atacante Baccus na vaga do meia Goodwin, para tentar dar mais velocidade no contra-ataque australiano. Mas nem bem começou o segundo tempo e o panorama já era outro, já que a Tunísia abria o placar contra a França e ia assumindo o segundo lugar no grupo.
Porém esse cenário não durou muito tempo, já que aos 15min, no primeiro contra-ataque que deu certo, Leckie colocou os australianos à frente no marcador e também de volta ao segundo lugar da chave.
Após um bate e rebate na defesa, MacGree ficou com a sobra e lançou Leckie em velocidade no meio-campo. Ele dominou, partiu para o ataque, pela esquerda, se livrou de dois marcadores e bateu no canto baixo esquerdo de Schmeichel: 1 a 0.
Após o gol, a Dinamarca reforçou o seu poderio ofensivo, com as entradas de Cornelius e Skov. Um minuto antes do gol, já haviam entrado Damsgaard e Dolberg. Assim, a equipe continuou mantendo a pressão, mas pouco eficiente. Já a Austrália, satisfeita com o resultado que garantia a sua classificação, se segurava na defesa e nem se preocupava em encaixar um contra-ataque.
Os números mostravam a eficiência australiana na marcação. Com 35min do segundo tempo, a equipe havia ganho 59,7% das disputas de bola contra 40,2% dos dinamarqueses.
Conforme o tempo ia passando, a afobação dinamarquesa aumentava na mesma proporção dos erros. Já a Austrália se desdobrava na marcação. E foi assim até o apito final.