Xuxa, 57, revelou ao jornalista Evaristo Costa que teve medo de ser assassinada ao receber propostas de se prostituir de políticos e empresários –que ela recusou– no início da carreira. A entrevista foi ao ar neste domingo (24), às 19h, e faz parte do primeiro episódio de "Supermodelos", produção documental da CNN Brasil. As informações foram antecipadas pelo portal Notícias da TV.
Ao relembrar seus anos como modelo, Xuxa disse que várias colegas de passarela enfrentaram esse tipo de situação, inclusive Luiza Brunet, outra personalidade que será entrevistada na série.
"Algumas pessoas conhecidas, alguns políticos, pessoas com grana, escolhiam as modelos e diziam: 'Quero essa'. E aí a agência ia lá com um contrato de trabalho. E eu ficava pensando: 'Será que depois disso eles iriam me matar? Será que depois disso ia ser só um jantar? Só uma transa? Será que iam me calar?", lembrou a apresentadora.
Ela também falou sobre como veio de uma origem humilde e, por isso, sempre foi muito trabalhadora. Xuxa queria ajudar os pais e presentear as pessoas das quais gostava. Em determinado momento da carreira, ela ganhou tanta fama que marcas e editoriais de moda catapultaram seu cachê.
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"A gente ganhava muita grana. Eram R$ 8.000 por dia. Eu chegava em casa e dizia: 'O que eu vou fazer com tanto dinheiro?'", afirmou.
Xuxa já estava em alta nos últimos dias por uma outra entrevista, à revista Veja, em que comentou sobre as manipulações que sofreu por pessoas que tentavam controlar sua carreira e também sobre os abusos que sofreu na infância.
"Tenho mania de limpeza. Chego a tomar sete banhos por dia e associo isso aos abusos. O primeiro caso aconteceu em casa. Estava dormindo e, ao acordar, tinha algo na boca que pensei ser xixi. Houve outros episódios, como um parente que introduziu os dedos em mim e um professor que se masturbou na minha frente", disse.
"Na época, o medo e a culpa me impediam de reagir. Só consegui interromper essa série de abusos quando um amigo do meu pai tentou levantar minha blusa. Criei coragem, disse não e nunca mais me sujeitei a isso."