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Balanço geral da 49ª edição

Com reabertura do Ouro Verde, Filo 2017 registra aumento de 30% no público

Fernanda Circhia - Redação Bonde
28 ago 2017 às 18:26

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A 49ª edição do Festival Internacional de Londrina (Filo) chegou ao fim no domingo (27), após 17 dias de espetáculos, workshops, oficinas e apresentações. Com a reabertura do Cine Teatro Ouro Verde no fim do mês de junho, o festival registrou alta de aproximadamente 30% de número de público em relação ao ano passado. Este ano, aproximadamente 30 mil pessoas marcaram presença no Filo. No ano passado, o festival registrou cerca de 20 mil pessoas.

Após 17 dias de espetáculos, apresentações, oficinas e workshops, a 49ª edição do Festival Internacional de Londrina (Filo) chegou ao fim no domingo (27), com números bastante positivos, conforme o diretor do festival, Luiz Bertipaglia.

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"Nós já tínhamos a expectativa de aproximadamente 30 mil espectadores, contando com os espetáculos de rua. A repercussão dos espetáculos foi muito boa e a composição dos horários ajudou bastante. Muitas pessoas conseguiram prestigiar mais espetáculos em um mesmo dia. Sucesso de público", comemora Bertipaglia.

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Toda a organização do Filo tinha expectativas muito boas em relação à qualidade dos espetáculos. "Embora já tivéssemos pensado na programação antes, a gente se surpreendeu ainda mais com o resultado. A programação foi muito bem recebida pelo público. É muito gratificante ver que a proposta que você fez deu certo", orgulha-se o diretor.

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"Recebemos um feedback bastante positivo também. Muitas pessoas me pararam nas portas dos teatros agradecendo pelos espetáculos. Bateu o recorde de elogios, mas nossa meta é sempre melhorar", completa.


O espetáculo recorde de público foi 'Nelson Rodrigues por Ele Mesmo', apresentado pela grande atriz brasileira Fernanda Montenegro. 'Nelson Rodrigues por Ele Mesmo' não é um espetáculo teatral, mas uma leitura dramatizada do livro homônimo lançado por sua filha, Sônia Rodrigues. A obra traz uma compilação de crônicas e entrevistas do jornalista e dramaturgo brasileiro. Em dois dias de apresentação desta atração tão esperada, o festival registrou mais de 1.500 pessoas no Ouro Verde. Os ingressos esgotaram em poucas horas.

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"Este espetáculo teve divulgação e prestígio. A presença da Fernanda conseguiu agradar mais pessoas. Apesar do festival ter um público imenso, acabamos nos surpreendendo mesmo assim com a receptividade do público", afirma Bertipaglia.


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Hamlet, do Armazém Cia de Teatro do Rio de Janeiro, que abriu o Filo, o show de Yamandu Costa e o Concerto Pour Deux Clowns, da França, também tiveram os ingressos esgotados em pouco tempo.

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Somente no Ouro Verde foram 14 espetáculos com sucesso de público. Alguns espetáculos também lotaram os demais teatros. No entanto, "este ano, com o Ouro Verde de volta, puxou um lado emotivo das pessoas. Por isso, os espetáculos foram escolhidos com muito carinho pensando no Ouro Verde", explica o diretor.


Em 17 dias de festival, foram 33 espetáculos, 11 atrações no ponto de encontro, 70 apresentações de teatro, música, dança e circo, 12 atividades formativas (6 bate-papos, 1 mesa redonda, 1 demonstração de trabalho e 4 oficinas/workshops). Mais de 500 integrantes de companhias de teatro de seis estados (PR, SP, RJ, RS, RN e BA) e Distrito Federal, além de seis países (Brasil, França, África do Sul, Suíça, Colômbia e Bolívia). O festival gerou 100 postos de trabalho direto.


"O festival foi realizado com R$ 1,2 milhões. R$ 900 mil foram gastos em Londrina. Com hospedagem, alimentação, passagens, além do pagamento de todas as equipes técnicas, de produção, administração e organização necessárias para o evento acontecer. Nós hospedamos em hotéis da cidade pelo menos 220 pessoas, entre artistas, técnicos, motoristas, entre outros. Isso para a economia local é bastante importante. Seria melhor ainda se pudéssemos ter os números de todas as pessoas que estiveram em Londrina para participarem e conferirem os espetáculos", avalia o diretor.

No ano que vem, o Filo chega a sua 50ª edição. Luiz Bertipaglia já foi questionado sobre a proposta para 2018. "Neste ano, os espetáculos dialogaram bem com nosso público. Estamos no caminho certo. Mas sobre a edição de 50 anos, teremos que fazer melhor ainda, mas só de pensar já dá frio na barriga", diverte-se Bertipaglia. "A meta é sempre melhorar", conclui.


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