Um conhecido ator, diretor e ativista político árabe-israelense foi morto a tiros nesta segunda-feira, 4, na cidade de Jenin, na Cisjordânia, onde dirigia uma escola de atores e um teatro comunitário.
Juliano Mer Khamis foi atingido por cinco tiros disparados por um ou mais palestinos armados no campo de refugiados de Jenin, segundo o chefe de polícia local, Mohammed Tayyim.
Até o momento, ninguém assumiu a responsabilidade pelo assassinato. Mer Khamis, de 52 anos, era filho de uma mãe judia e de um pai árabe, caso raro numa terra onde as duas populações quase nunca interagem.
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Sua identidade dividida alimentou uma longa carreira como ator e ativista contra as políticas israelenses para os palestinos, com que ele se identificava cada vez mais.
Mas alguns palestinos se opunham ao teatro por princípio. Mer Khamis disse ter recebido ameaças e o teatro foi atacado. A diretora de programação da unidade, Samia Staiti, disse à Associated Press que viu o assassinato. "Ele estava se dirigindo para seu carro quando um homem com máscara o parou, atirou nele e fugiu".
Ela afirmou que ele vinha recebendo ameaças de pessoas da comunidade que sentiam que ele estava indo contra "tradições conservadoras palestinas".