A comunidade do hip hop se reuniu recentemente em Brasília para uma marcha de reconhecimento do movimento. A marcha reuniu representantes de vários estados do Brasil, que foram entregar ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) o dossiê que vai iniciar o processo para declarar o hip hop patrimônio imaterial do país.
O documento foi preparado por grupos de trabalho dentro do movimento no Brasil inteiro com auxílio do instituto. “Este ano nós completamos 50 anos do hip hop no mundo. E, no Brasil, completamos 40 anos de hip hop”, afirma Cláudia Maciel, jornalista e integrante do movimento.
“É a hora da gente ir em busca do título de patrimônio cultural imaterial brasileiro. Cada estado se reuniu e construiu grupos de trabalho”, pontua. Conforme Maciel, o Iphan auxiliou os grupos de trabalho na montagem da proposta a ser apresentada.
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Lidiane Lima, produtora cultural, destaca a função social de um movimento cultural que se transformou e se tornou um indutor de políticas públicas. “O hip hop, trabalha muito pela sociedade brasileira. Aonde o governo não consegue chegar o hip hop está lá, levando também políticas públicas, esperança, transformação. Então, se a sociedade brasileira e o governo reconhecem o hip hop, significa que o nosso trabalho valeu a pena”.
“[É] uma síntese sincretismo cultural de várias perspectivas, de várias influências que sintetizam justamente este modelo de expressão, que não é só musical. É também em outras vertentes”, diz Leandro Grass, presidente do Iphan.
“Agora tem início o processo de reconhecimento formal institucional da cultura do hip hop como patrimônio imaterial brasileiro. Esse processo vai levar um tempo para que a gente possa consolidar todos esses princípios da cultura hip hop”, completa.