Na noite desta quinta-feira (16), o espetáculo "A Descoberta das Américas", com o ator carioca Julio Adrião, teve sua segunda e última sessão no Filo - Festival Internacional de Londrina - e a plateia lotada contou com a presença especial de quatro indígenas da aldeia Água Branca, da reserva do Apucaraninha.
Acompanhados do vice-cacique Renato Kriri, eles assistiram pela primeira vez a um espetáculo no Cine Teatro Ouro Verde, a convite da organização do festival. A montagem em questão é uma sátira à descoberta das Américas pelos espanhóis e seu encontro com os nativos, um espetáculo solo magistralmente interpretado por Julio Adrião. O ator faz um monólogo veloz numa encenação em que seu próprio corpo, sob a luz do palco, constrói todo um cenário, descrevendo o mar, as matas, o choque cultural da chegada dos europeus às Américas num périplo divertido e, ao mesmo tempo, crítico.
O espetáculo que está em cartaz há 17 anos, estreou em 2005 e deu a Adrião o Prêmio Shell de melhor ator pelo trabalho que já conta com mais de 700 apresentações pelo Brasil e outros países. O texto foi adaptado do clássico escrito pelo dramaturgo italiano Dario Fo, traduzido por Julio Adrião e Alessandra Vannucci, responsável também pela direção do monólogo.
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A grata surpresa na apresentação desta quinta-feira no Filo, foi a presença dos indígenas que assistiram a uma versão europeia da descoberta das Américas, na qual a aventura, a cobiça, os interesses que permearam a história do descobrimento formam um espetáculo satírico, com a conquista dos descobridores sendo tratada como uma comédia de erros que leva o público ao riso, mas pontuada como denúncia.
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