Neste final de semana se encerra a 42ª Semana Literária do Sesc, evento realizado no Sesc Cadeião, em Londrina. Nste sábado (7), acontece conversa entre as escritoras Aline Bei e Mariana Salomão Carrara com mediação de Karen Debértolis e palestra com Susana Ventura.
No domingo (8), acontece oficina com Jéssica Balbino, apresentação da slammeer Mel Duarte e exposição poética de Edra Moraes e Dani Chineider.
A programação da Semana Literária do Sesc revela algo que vem acontecendo nos últimos anos no universo literário brasileiro: o fim da invisibilidade da literatura de autoria feminina - a literatura produzida por mulheres.
Leia mais:
Júlia Simoura é a quinta eliminada de A Fazenda 16 com 22,15% dos votos
Prêmio Jabuti indica Itamar Vieira Junior e Socorro Acioli; veja os semifinalistas
Morre Maguila, 66, maior boxeador peso-pesado do Brasil
Roque, ex-assistente de Silvio, está na UTI em hospital de SP
A história da literatura sempre foi marcada pela hegemonia da literatura produzida por homens. As mulheres sempre escreveram, mas sempre foram renegadas ao segundo plano. Poucas conseguiam publicar suas obras e raras se tornavam grandes personalidades da literatura brasileira.
Mas esse cenário está mudando. A forte presença de escritoras na Semana Literária do Sesc demonstra como o movimento de visibilidade da literatura produzida por mulheres cresce a cada dia. Isso fica evidente na crescente presença de autoras nos livros publicados pelas editoras, nos prêmios literários, nos festivais literários, nos clubes de leitura, nos canais do youtube, nos concursos de literatura, nas feiras de livros e muito mais.
E, segundo as últimas pesquisas do Retratos da Leitura no Brasil do Instituto Pró-Livro, as mulheres são aquelas de formam a grande massa de leitores no país. A escritora e técnica de literatura do Sesc Samantha Abreu acredita que essa conquista de visibilidade da literatura de autoria feminina pode ser atribuído a uma somatória de fatores.
"Um deles é que as mulheres decidiram não mais aceitar o silenciamento a que foram relegadas por tantos anos de história literária. Elas decidiram assumir que escrevem (e sempre escreveram), decidiram ser publicadas, lidas e estarem presentes nos eventos e prêmios literários. O que percebemos nos eventos literários também é uma presença mais numerosa de mulheres como público, buscando por diálogos e leituras que façam parte de suas vivências.”
Samantha Abreu acrescenta: “É claro que somado a este grito, a gente tem uma oportunidade de mercado que se interessa pela literatura feita por mulheres, pelos clubes de leitura temáticos que foram se instaurando pelo Brasil. O clube Leia Mulheres, por exemplo, oportunizou que muitas escritoras chegassem ao público leitor e que despertassem o interesse de editoras e livrarias. O mesmo percebemos no crescimento editoras que chegaram dando mais espaço para publicação de mulheres que sequer sonhavam em ser lançadas.”
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: