Por meio de programações pedagógicas e artísticas, a 45ª edição do Festival Internacional de Música de Londrina renova o seu compromisso com a inclusão social. Além da presença de projetos sociais de Londrina - Guarda Mirim, Solidariedade Sempre, Orquestra Popular Camponesa (ligada ao MST- Movimento dos Sem Terra) orquestras de diferentes estados e uma do Uruguai desembarcaram em Londrina para aprimoramento e formação, assim como para mostrar um pouco de seu talento no concerto de encerramento que será neste domingo (20), às 10h30 , no Cine Teatro Ouro Verde.
As orquestras sociais representam a união de grandes esforços para se manterem na ativa e durante a permanência no festival, há uma troca de experiências essencial para os músicos. Neste ano, 12 projetos estão em Londrina: Projeto PRIMA (PB); Projeto Vale Música (ES); Projeto Sons do Nosso Lar (AL); Projeto Orquestra Maré do Amanhã (RJ); Projeto Arte & Vida (PR); Escola de Música da Rocinha (RJ); Aprendiz Musical (RJ); Jovenil del Sodré (Uruguai ); Orquestra Jovem Itaguaí (RJ); Orquestra Jovem da Grota (RJ); Orquestra Jovem Rio Grande do Sul; Universidade Federal do RN ; Instituto Zeca Pagodinho (RJ).
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Para o concerto de encerramento, o público terá a oportunidade de prestigiar uma festa de ritmos brasileiros e latino-americanos . Na ocasião, jovens estudantes e musicistas, sob a coordenação da violinista Carla Ríncon, apresentam peças escolhidas pela representatividade dos ritmos latinos para encerrar o evento.
Além de obras de Lorenzo Fernandez, Camargo Guarnieri, Alberto Nepomuceno, Villa-Lobos e Guerra-Peixe, o concerto faz uma homenagem ao compositor contemporâneo mexicano Arturo Marquez, que se dedica a composições sinfônicas para projetos sociais de todo o mundo. A orquestra terá uma formação sinfônica, pela primeira vez, e regência de Luiz Martins. Os alunos da classe de regência também terão a oportunidade de reger a orquestra.
Formação e Integração
Some 10 anos de inclusão, a formação de uma orquestra 100% social e um repertório escolhido a dedo. Nas palavras da violinsta Carla Rincon, a combinação é perfeita. "Isso é muito emocionante, pois são 45 anos de festival, sendo que nos últimos dez demos um significado maior a ele trazendo a comunidade, trazendo jovens que ainda não estão na universidade e que não estão inseridos nas principais formações musicais do Brasil, por meio dos projetos sociais. Então nós assumimos esse compromisso ao fazer essa inserção de muitos extratos sociais pelo mesmo objetivo", ratifica.
Com uma carreira internacional consolidada, Rincón acumula experiências que a tornaram referência na música de câmara latina. É diretora artística e pedagógica da plataforma educativa Brasil de Tuhu, diretora musical e pedagógica do Instituto Zeca Pagodinho e coordenadora pedagógica do SINOS - Sistema Nacional de Orquestras Sociais.
Rincon lembra a diversidade dos projetos e sua amplitude. "Aqui são projetos desde João Pessoa até Porto Alegre, o que confirma essa dimensão territorial e estamos felizes por estar coroando estudos de dez anos com uma orquestra sinfônica que pela primeira vez tem um repertório praticamente exclusivamente brasileiro, com pérolas dos melhores ritmos brasileiros e com jovens competentíssimos."
Musicistas de várias regiões
A londrinense e estudante de violino, Sofia M. Stersi Hohmann, na companhia de musicistas de diferentes regiões do País tem um papel também de acolhimeto no contexto do festival. Também estudante do Ensino Médio, Hohmann considera que toda a vivência do festival enriquece. Tanto o aprendizado com os profissionais, assim como a a troca de experiências culturais. "Eu toco violino e violino e estou inscrita pela ONG Arte e Vida, da qual eu sou bolsista".
A violinista participou da masterclass a professora de violino, Carla Rincón e, além da expectativa para se apresentar neste domingo no Ouro Verde, prestigiou a programação artística em sua quarta participação no FIML.

Estudantes que agora são professores do Programa de Inclusão Através da Música e das Artes (Prima) marcaram presença no 45º Festival Internacional de Música de Londrina. Pela terceira vez consecutiva os instrumentistas paraibanos fizeram valer cada instante da oportunidade. Vieram nesta ocasião, Katilly Joyce, Everton Praxedes, Joelinton Nunes e Marley Dias. Eles têm entre 24 e 34 anos, já foram alunos do Prima quando eram estudantes secundaristas da Rede Estadual de Ensino, e hoje são todos formados na área de música. Eles serão regidos por Rainere Travassos, também professor do programa.

Vinícius Prates e Guilherme Camargo, integram a Oquestra Jovem do Rio Grande do Sul. O Projeto Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul - Transformação Através da Música - gera oportunidades a crianças e jovens, na faixa etária dos 10 aos 24 anos, em situação de vulnerabilidade social, para construção de um futuro melhor. Todos os alunos são provenientes da rede pública escolar de Porto Alegre e Região Metropolitana.
Prates é o coordenador da orquestra que tem como objetivo é promover a inclusão e transformação social por meio da evolução artística das crianças e jovens, como público direto, resgatar a autoestima através das suas apresentações, intercâmbios, viagens e vivências com outros grupos e, proporcionar a difusão de bens culturais e de lazer às comunidades onde estão inseridos, além do público em geral. Todas as atividades do projeto são realizadas de forma gratuita. Para alcançar os objetivos são oferecidos Curso de Aprendizagem em Músico Instrumentista – Jovem Aprendiz - oficinas de música, série de Concertos abertos ao público em geral, visita as escolas, intercâmbios de alunos, apoio aprendizagem.

As instituições que "sustentam" essas orquestras são parceiras do Festival de Música de Londrina e pagam as passagens. O Festival banca a estadia, alimentação e os estudantes recebem uma bolsa. Trata-se de um projeto pedagógico que se transforma em um palco pedagógico.
Estreia marcante da Orquestra Popular Camponesa
Uma turma de 12 alunos do projeto social Orquestra Popular Camponesa, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Paraná, está participando das atividades do Festival Internacional de Música de Londrina (FIML). O projeto de educação e prática musical coletiva funciona há quatro anos em acampamentos e assentamentos rurais no estado e já se apresentou em eventos em Maringá, Curitiba e Ortigueira. A Orquestra funciona em Londrina, no assentamento Eli Vive.

Nestas férias escolares, os jovens instrumentistas representam dois dos quatro núcleos da Orquestra e, no FIML, integram as oficinas de violino, viola de arco, percussão sinfônica, samba, violoncelo e contrabaixo acústico.
Este é o primeiro ano que a Orquestra Camponesa participa do tradicional festival londrinense. Para o coordenador da Orquestra Popular Camponesa, Igor de Nadai, a participação deles no FIML é uma grande conquista. O maestro da Orquestra, Fernando Campaner, que também é professor de cordas, considera qe a participação no Festival Internacional de Música cumpre o papel de aproximar os alunos desse universo artístico-cultural e representa um jeito de ampliar os horizontes das turmas, incentivar mais o estudo, inspirar e fortalecer.
SERVIÇO:
Encerramento do 45º Festival Internacional de Música de Londrina - Orquestras Sociais
Local: Teatro Ouro Verde
Quando: domingo (20), às 10h30
Gratuito
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